Biopirateria: Richiesta rettifica di un articolo pubblicato su PeaceLink



In diversi articoli recentemente pubblicati in
periodici (
http://italy.peacelink.org/latina/articles/art_8116.html
 ) e siti internet brasiliani ed internazionali, il
mio nome appare legato ad atti di biopirateria senza
che nessuno mi abbia interpellato. Gli articoli si
riferiscono ad una interpellanza alla Camera federale
riguardo alla vendita

di cellule sanguigne di indigeni Karitiana e Surui in
Rondonia da parte del laboratorio nord-americano
Coriel Cell Repositories.

Nell'agosto del 1996 ho lavorato come consulente
antropologo tra i Karitiana in un documentario per il
canale Tv Discovery, ed essendo anche medico e
sanitario constatati la precaria situazione di salute
e la titale assenza di personale sanitario tra l
apopolazione. Durante le riprese, mandate poi in onda
da Discovery nel 1997, fui invitato dal capoGarcia in
nome della Associazione Karitiana a rimanere tra loro
per una assistenza medica di emergenza. Dopo avere
avuto il consenso del FUNAI in 3 giorni, visitai,
esaminai e feci prescrizioni alle persone venute nel
posto stabilito per le visite , e su richiesta dei
Karitiana feci visite per alcune ore anche alla Casa
dell'Indio.

Per stabilire una diagnosi di certe malattie, feci
alcuni prelievi del sangue le cui provette furono
spedite per l'analisi alla università federale del
Parà dove rimasero depositate fino al 2004 quando le
54 furono richieste dal tribunale di Rondonia.

Quando ero arrivato per il documentario avevo solo un
kit di emergenza che mi porto sempre dietro quando
vado in Amazzonia, non ero preparatao a visitare una
intera tribù in quanto lo scopo della vista era la
registrazione per discovery. Mi limitai solo a
raccogliere alcune provette di sangue delle sole
persone di cui non riuscivo a   diagnosticare la
malattia. Non c'è mai stata una intenzione
commerciale, ne la mia etica o regolamento per le
istituzioni con cui lavoro me lo consentono. Fu
prelevato solo il sangue per aiutare la diagnosi degli
infermi secondo l'art 57 del codice di etica medica.
Mi aiutò volontariamente Denise, una brasiliana che mi
accompagnava in quella occasione, la quale non è una
professionista sanitaria come è stato riportato
erroneamente sull'articolo.

Il rapporto sulla mi attività medica di emergenza
sviluppata fu inviato alla Associazione Karitiana, al
FUNAI di Rondonia e di Brasilia, al CIMI di Rondonia,
alla Procura Generale di Rondonia ed alle due CPI
della Camera Federale sopra la Biopirateria. Non sono
mai stato tra i surui o altre comunità indigene
brasiliane. Dal 1997 al 2005 entrambe le CPI
riconobbero la totale estraneità tra il mio lavoro di
emergenza e la vendita delle provette di sangue.

Una semplice ricerca su internet dimostra che le
provette in vendita provengono da Stanford / Yale le
quali furono raccolte negli anni 80 da ricercatori
americani con il consenso del FUNAI e che iniziarono
ad essere vendute nell'aprile 1996 quindi 5 mesi prima
del mio arrivo tra i Karitiani.

Agli inizi del '97 io ed altri ricercatori prendemmo
contatto con il laboratorio e con le autorità
brasiliane. I nostri solleciti furono ignorati. Dal
1997 diversi articoli furono pubblicati in modo
distorto insinuando la mia partecipazione in atti di
biopirateria. Ho sempre risposto a tutti gli articoli
di cui sono venuto a conoscenza che mi coinvolgono in
modo errato. Il mio nome e recapito è facilmente
accessibile su internet come pure il mio Curriculum
c/o il CNPq o sul sito della università federale di
Rio de Janeiro come altre forme di facile accesso da a
parte di qualsiasi organo federale o altri inclusa
l'azioen civile da parte della Rondonia interamente
contestata dal mio avvocato. Non fui mai interpellato
da nessuno per chiedere la mia versione e durante
questo periodo i contatti con le autorità sono sempre
sempre state su mia iniziativa inviando vari documenti
per chiarire l'accaduto.

La biopirateria deve essere investigata seriamente sia
da parte delle autorità come dalla comunità
scientifica o dalla Stampa. L'uso commerciale di
prodotti biologici senza che i donatori ne siano
beneficiati è immorale, antieticoe e deve essere
ripudiato da tutta la società.. Come cittadino
brasiliano, professionista della salute e ricercatore
devo protegger ele persone con cui lavoro e
salvaguardare i loro interessi.. Sono a disposizione
di chiunque per qualsiasi chiarimento riguardo a
questa stravagante situazione in cui mi hanno
coinvolto ed accusato di barbarità solo per avere
aiutato un popolo in emergenza sanitaria secondo gli
articoli 57 e 58 del codice brasiliano di etica
medica. Questo anche grazie ad alcuni giornalisti che
ritengo piu importante il sensazionalismo che i fatti
veri.

 

Hilton Pereira da Silva, MD, MA, MPH, PhD

Professor Adjunto II de Antropologia e Medicina

Chefe do Departamento de Antropologia

Coordenador do Setor de Antropologia Biológica

Departamento de Antropologia

Museu Nacional

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Quinta da Boa Vista s/n

20940-040, Rio de Janeiro, RJ

Brasil

hdasilva at acd.ufrj.br

Fone (+55 21) 3860-7170

 

 

VERSIONE ORIGINALE

Em diversas reportagens recentes publicadas em jornais
e websites do Brasil e do Exterior o meu nome aparece
ligado a atos de biopirataria, sem que eu jamais tenha
sido ouvido por estes veículos. As reportagens
referem-se a uma CPI na Câmara Federal e a um
inquérito sobre a venda de células sanguíneas dos
índios Karitiana e Suruí, de Rondônia, pelo
laboratório Norte americano Coriel Cell Repositories.

 

Em agosto de 1996, eu trabalhei entre os Karitiana
como antropólogo consultor em um documentário para o
Canal Discovery e, como sou também médico e
sanitarista, pude constatar sua precária situação de
saúde e a total ausência de profissionais de saúde na
aldeia. Após as filmagens do documentário (que foi ao
ar no Canal Discovery em 1997), eu fui convidado pelo
Chefe Garcia, em nome da Associação Karitiana, para
permanecer entre eles e os ajudar com atendimento
médico emergencial. Após receber o "okay" do chefe do
posto da Funai na aldeia, durante três dias realizei
consultas, exames e prescrições às pessoas que me
procuraram naquele posto e depois, também a pedido dos
Karitiana, por algumas horas na Casa do Índio.

 

 Para estabelecer o diagnóstico complementar de certas
doenças, algumas amostras de sangue foram colhidas
daqueles que estavam mais doentes ou de quem não pude
fazer um diagnóstico clínico adequado, e levadas para
análise na Universidade Federal do Pará, onde todo o
material permaneceu depositado até ser solicitado pela
Justiça de Rondônia, para quem as 54 amostras foram
entregues em 2004. Como eu dispunha apenas de um kit
para emergências médicas, que me acompanha sempre que
vou à Amazônia, e não estava preparado para atender a
uma tribo inteira, pois não era esse o propósito de
minha entrada na aldeia, apenas poucas amostras foram
coletadas, das pessoas que eu não consegui estabelecer
claramente um diagnóstico clínico. O sangue por mim
coletado não saiu do Brasil e não teve, em hipótese
alguma, destino comercial, visto ser isto contra a
minha ética e os princípios morais dos pesquisadores e
instituições com os quais trabalho. Ele foi coletado
apenas para ajudar no diagnóstico de doenças,
procedimento médico regular, de acordo com o artigo 57
do Código de Ética Médica.

 

Eu, com apoio voluntário de Denise, minha acompanhante
na ocasião, que é Brasileira, não é profissional de
saúde, como acusam algumas reportagens, e ajudou com
atividades lúdicas apenas, prestei atendimento médico
aos Karitiana em caráter voluntário, humanitário e
emergencial; não lhes prometi atendimento futuro, e
não fiz nada que lhes fira os interesses. O relatório
das atividades médicas emergenciais desenvolvidas na
aldeia foi enviado à Associação Karitiana, à Funai de
Rondônia e de Brasília, ao CIMI de Rondônia, a
Procuradoria Geral de Rondônia e a duas CPIs da Câmara
Federal sobre biopirataria. Eu jamais estive entre os
Suruí, ou em qualquer outra aldeia indígena no Brasil.
Em 1997 e em 2005, ambas as CPIs reconheceram que não
há qualquer relação entre meu trabalho médico
emergencial e o material indígena a venda nos EUA.

 

Uma simples busca na Internet, mostra que o material a
venda no exterior provém da coleção Stanford/Yale, e
foi coletado na década de 1980 por pesquisadores
Norte-americanos, possivelmente com a permissão da
Funai, e já estava sendo vendido na Internet, desde
abril de 1996, portanto, cinco meses antes de eu ir
até a Aldeia Karitiana. No início de 1997, eu e outros
pesquisadores brasileiros, fizemos contato com o
laboratório para que se pronunciasse sobre o assunto e
conversamos com autoridades brasileiras para solicitar
providências sobre o material no exterior. Nossas
solicitações de contato foram ignoradas. Desde 1997
diversos artigos têm sido publicados em jornais
apresentando de forma distorcida os fatos, insinuando
minha participação em atos de biopirataria, ao invés
de resgatar os esforços feitos por mim e outros
pesquisadores para tratar as doenças e proteger os
direitos dos Karitiana. Eu tenho respondido a todos
artigos dos quais tenho conhecimento, porém os erros
grosseiros sobre a minha pessoa continuam a ser
publicados.

 

Ainda que meu nome e endereço estejam facilmente
acessíveis em diversos sites na Internet, como no
Lattes do CNPq ou no site da UFRJ, e em diversas
outras formas que, certamente, seriam de fácil acesso
para o MP, a PF, ou qualquer outro órgão federal ou
cidadão interessado, e inclusive na Ação Civil ora em
andamento em Rondônia - que já foi integralmente
contestada por meu advogado - , eu não fui procurado
para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o absurdo
envolvimento do meu nome com o caso supracitado. No
entanto, tenho tomado sempre a iniciativa de contatar
todos os órgãos públicos interessados, enviar
documentos, e me colocar a disposição para ajudar a
esclarecer os fatos.

 

A biopirataria é uma questão a ser seriamente
investigada pelas autoridades brasileiras, pela
comunidade científica e pela imprensa. O uso comercial
de produtos biológicos sem que seus doadores sejam
beneficiados é absolutamente imoral, antiético, e deve
ser repudiado por toda a sociedade. Como cidadão
brasileiro, como profissional de saúde, e como
pesquisador, é meu dever proteger as pessoas com as
quais trabalho, e resguardar-lhes os interesses. Esta
tem sido a minha postura em mais de uma década de
atuação entre os grupos rurais da Amazônia. Eu tenho
me colocado sempre à disposição de jornalistas e de
todas as autoridades para prestar quaisquer
esclarecimentos sobre o lamentável envolvimento do meu
nome nesta esdrúxula situação, onde sou acusado de
atos bárbaros apenas por atender a um chamado
emergencial de uma tribo em necessidade, e cumprir os
preceitos do Código Brasileiro de Ética Médica
(Artigos 57 e 58). É uma pena que para alguns
jornalistas o sensacionalismo continue tendo mais
valor que aos fatos.

 

Prof. Dr. Hilton Pereira da Silva, Departamento de
Antropologia, Museu Nacional/UFRJ.


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