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Campagna per il mantenimento della condanna del colonnello Pantoja, uno dei 2 massimi responsabili del massacro di Eldorado
- Subject: Campagna per il mantenimento della condanna del colonnello Pantoja, uno dei 2 massimi responsabili del massacro di Eldorado
- From: Serena Romagnoli <md1042 at mclink.it>
- Date: Fri, 19 Jun 2009 18:59:56 +0200
- Thread-topic: Campagna per il mantenimento della condanna del colonnello Pantoja, uno dei 2 massimi responsabili del massacro di Eldorado
RICHIESTA URGENTE DA PARTE DEL MOVIMENTO SENZA TERRA: INVIARE, ENTRO LUNEDI 22, IL MESSAGGIO CHE TROVATE SOTTO AI CINQUE INDIRIZZI EMAIL DEI GIUDICI CHE GIUDICHERANNO IL 23 GIUGNO IL RICORSO DEL COLONNELLO PANTOJA, UNO DEI DUE MASSIMI RESPONSABILE DEL MASSACRO DI ELDORADO DOS CARAJAS Martedi prossimo, 23 giugno, sarà giudicato presso il Supremo Tribunale di Giustizia il ricorso del colonnello Mário Colares Pantoja, uno dei principali responsabili del Massacro di Eldorado de Carajás, in Pará, Il Massacro di Eldorado de Carajás è avvenuto il 17 aprile 1996, quando la Polizia Militare dello Stato del Pará uccise 19 lavoratori rurali Sem Terra che stavano partecipando a una marcia. Il massacro fu realizzato sulla strada PA 150, curva "S", comune di Eldorado de Carajás. A 13 anni dal massacro, 144 poliziotti sono stati incriminati e processati, ma solo due comandanti sono stati condannati: Pantoja (a 228 anni di carcere, 12 anni per ogni contadino assassinato) e il maggiore José Maria Pereira de Oliveira. Entrambi aspettano in libertà l¹analisi dei ricorsi (che si basano su un¹ ipotetica cattiva formulazione delle domande presentate ai giudici popolari che li hanno condannati) . Martedi, al momento dell¹esame del ricorso relativo al colonnello Pantoja sono previste, in tutto il Brasile, veglie e celebrazioni in memoria dei contadini assassinati. Il MST chiede agli amici di partecipare alla campagna perché la sentenza di condanna sia confermata. Nella lettera qui sotto si ripercorrono tutte le tappe della vicenda giudiziaria e si chiede di dare un segnale che metta in discussione l¹impunità dei mandanti delle uccisioni di lavoratori senza terra tante volte denunciata dai movimenti sociali e dalla Commissione Pastorale della terra. *************************************************************************** ** CAMPANHA PELA MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO DO CORONEL MARIO PANTOJA COMANDANTE DO MASSACRE DE ELDORADO DE CARAJÁS Comandante de massacre será julgado pelo STJ no dia 23 Recurso Especial n.º 818815 QUINTA TURMA Ministra Relatora LAURITA VAZ gab.laurita.vaz at stj.jus.br Ministro NAPOLEÃO MAIA FILHO (pres. da turma) - gab.napoleao.maia at stj.jus.br Ministro FELIX FISCHER gab.felix.fischer at stj.jus.br Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA gab.arnaldo.lima at stj.jus.br Ministro JORGE MUSSI gmjm at stj.jus.br No próximo dia 23 de junho, depois de mais de três anos de espera, será julgado pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça o recurso apresentado pelo Coronel Mario Colares Pantoja, um dos comandantes do Massacre de Eldorado de Carajás, que tem por objetivo a anulação do julgamento no qual ele foi condenado a 228 anos de prisão. O único e absurdo argumento por ele apresentado é o de que teria havido nulidade do julgamento por deficiência na formulação dos quesitos apresentados ao corpo de jurados, o que não passa de uma ficção jurídica, criada para tornar a impunidade definitiva. No dia 17 de abril de 1996, no estado brasileiro do Pará, nas proximidades do município de Eldorado do Carajás, num trecho da rodovia PA 150, no local denominado de curva do ³S², 155 policiais militares, dividos em duas tropas, cercaram e atacaram com armas de fogo uma manifestação de trabalhadores rurais sem terra que bloqueavam a estrada para reivindicar a realização da reforma agrária. Estes fatos ficaram gravados na memória do povo brasileiro e de todo o mundo como o massacre de Eldorado do Carajás. Seis trabalhadores rurais foram assassinados com disparos de armas de fogo durante a operação militar de desobstrução da pista da rodovia. Após a desobstrução e encerrada a missão dos policiais, foram executados sumariamente ainda outros treze trabalhadores, que estavam feridos e inconscientes na pista e outros que, conscientes, não tinham mais condições de locomoverem-se, em função de ferimentos de bala nos pés e pernas. Restaram 19 trabalhadores rurais mortos, 69 feridos e, dentre estes, três faleceram alguns meses depois em razão das seqüelas produzidas pela brutal violência. Passados treze anos de um dos mais veementes exemplos da impunidade que cerca os crimes cometidos no país contra os trabalhadores rurais, nenhum dos responsáveis pelo massacre foi efetivamente punido. Tudo foi feito para que os responsáveis restassem impunes. No dia do massacre, os corpos foram retirados do local antes da chegada da perícia. Não foram realizados exames de resíduos de pólvora nas mãos dos policiais militares para verificar quem havia efetuado os tiros. Tampouco foram recolhidas as armas dos políciais para averiguação de qual arma, sob o poder de qual policial foi responsável pela morte de cada um dos 19 trabalhadores vitimados. Antes de tudo, como tudo já havia sido planejado, os Policiais Militares sairam de seus batalhões sem as identificações que deveriam ostentar em suas fardas. Em sede judicial, evidenciou-se também de maneira farta o conluio para a impunidade. O juiz Ronaldo Valle, presidente dos primeiros julgamentos realizados pelo Tribunal do Júri de Belém/Pará, em agosto de 1999, deixou que ocorressem inúmeras violações ao procedimento legal, tendo como mais grave a permissão para que um dos jurados manifestasse em público, durante a sessão, sua opinião sobre a ausência de culpa dos policiais pelo massacre. Ao final da primeira sessão que levou a julgamento os comandantes do massacre, com evidente interesse em prejudicar a compreensão dos jurados, o juiz formulou de forma confusa as perguntas a eles dirigidas, culminando na absolvição do coronel Mário Colares Pantoja, do major Maria José Oliveira e do capitão Raimundo Almandra Lameira. No ano 2000, em razão dessas nulidades, o Tribunal de Justiça do Pará anulou o julgamento, o juiz Ronaldo Valle pediu afastamento do caso e, dentre os 18 juízes da Comarca de Belém, 17 declararam-se impedidos de presidir o julgamento, alegando serem favoráveis aos policiais e contrários ao MST. Porém, aceitando presidir o julgamento sob a alegação pública de não ter medo do MST, a juíza Eva do Amaral Coelho marcou nova sessão de julgamento dos comandantes para o mês de julho de 2001, determinando que fosse retirada do processo a principal prova da acusação, um laudo do perito Ricardo Molina, da Universidade de Campinas, demonstrando que os primeiros disparos foram feitos pela PM, e não pelos sem-terra. O Ministério Público e os assistentes da acusação se insurgiram contra essa determinação, o júri foi adiado para o mês de maio de 2002 e houve determinação do afastamento da Juíza. Indicado o juiz, Roberto Moura para presidir o caso, este decidiu por julgar, em apenas cinco sessões, 144 policiais militares, e houve inúmeras denúncias de testemunhas que sofreram ameaças. Ao final dos julgamentos, apenas o Coronel Pantoja e o major Oliveira foram condenados. Receberam a pena de 228 anos de prisão, mas obtiveram o benefício de recorrer em liberdade. Ambos apresentaram recurso de apelação ao Tribunal de Justiça do Pará, que lhes negou os pedidos. Ambos também recorreram ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal e aguardam em liberdade o julgamento desses recursos. Segundo os dados da Comissão Pastoral da Terra, foram mais que 1500 os assassinados nos ultimos 20 anos nos conflitos do campo no Brasil e quase todos os responsáveis por estas mortes permanecem impunes. O poder judiciário, nos últimos anos, esteve sempre pronto a punir trabalhadores, pobres, marginalizados, militantes da luta pela terra, enquanto que as condenações de mandantes dos homicídios de trabalhadores rurais não chegam a uma dezena. O massacre de Eldorado foi um dos crimes mais graves dos últimos anos, não somente pelo número de mortos, de feridos e de mutilados, 19 e 64, mas pelo grande valor simbólico que assumiu. O sangue derramado pelos 19 sem-terra grita para os céus há 13 anos pedindo justiça. Fazer justiça pelas vítimas de Eldorado não quer dizer resolver o problema da impunidade no Brasil, mas pode ser um sinal significativo nesta direção. Em consideração de tudo isso, nós, cidadãos italianos, que acompanhamos há anos as lutas dos trabalhadores rurais brasileiros pela dignidade e pela justiça, pedimos que seja mantida a condenação do Coronel Mario Pantoja, com o que se dará mais um passo rumo à realização da justiça. ³Se nos calarmos, as pedras gritarão² (Pedro Tierra) FIRMA - ASSOCIAZIONE
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