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Il Forum per la riforma agraria sulla morte di Suor Dorothy
- Subject: Il Forum per la riforma agraria sulla morte di Suor Dorothy
- From: Serena Romagnoli <md1042 at mclink.it>
- Date: Tue, 15 Feb 2005 20:03:07 +0100
Agro-banditismo faz mais uma vítima Claramente expresso em documentos como a Carta da Terra, as organizações que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e pela Justiça no Campo ³defendem a realização de uma ampla e massiva reforma agrária e a ampliação e o fortalecimento da agricultura familiar². Assumem essa luta e compromisso porque entendem que ³estas políticas garantem o direito ao trabalho para a população rural, historicamente excluída, através de uma mudança no atual modelo de desenvolvimento agropecuário, excludente, predatório e concentrador de terra, renda e poder². As entidades do Fórum reafirmaram, também na Carta da Terra elaborada em 2003, a necessidade de ações governamentais para garantir ³o respeito aos direitos humanos no campo, combatendo todas as formas de violência e o fim da impunidade². Infelizmente, antes de qualquer medida governamental efetiva, aconteceu mais uma tragédia com o assassinato de Irmã Dorothy em 12 de fevereiro de 2005, no município de Anapú, Pará. Esse assassinato explicita a violência com que representantes e beneficiários da exploração predatória da Amazônia reagem ante a existência de projetos como o Projeto de Desenvolvimento Sustentável, que propõe a inclusão social cidadã com sustentabilidade ambiental. O assassinato de Irmã Dorothy encontra-se no mesmo raio de ação das forças responsáveis pela grilagem das terras públicas, pela destruição ambiental, especialmente através da retirada ilegal de madeira, e pela reiterada violência contra camponeses, indígenas, defensores de direitos humanos e todos os que se opõe à ocupação predatória da Amazônia. Protegidos sob o discurso de ³setor produtivo² e ³responsável² pelo equilíbrio da balança comercial, estas forças não somente bloqueiam estradas para chantagear o Governo Federal, mas são verdadeiros agrobandidos que corporeificam as injustiças e violência do modelo de ³desenvolvimento² que se alimenta da prática do trabalho escravo, da exploração ilegal e predatória dos recursos ambientais, e da grilagem de terras públicas, se articulando nacionalmente através da União Democrática Ruralista, da Confederação Nacional da Agricultura , CNA e da bancada ruralista no Congresso. A ausência de ações de Estado é patente no Pará. Em que pesem os anúncios de medidas do Governo Federal, suas ações locais no Pará têm sempre sido tópicas, retóricas e sem a firmeza próprias de uma ação de Estado, cedendo a reações de grupos de interesses, que agem de forma articulada, com omissão ou apoio do Governo Estadual do Pará. Do massacre de Eldorado dos Carajás ao assassinato de Irmã Dorothy, a política do Governo do Estado do Pará tem sido a defesa dos interesses de grileiros, madeireiros e latifundiários. Neste cenário, não há espaços para vacilações e omissões do Governo Federal, que resultarão em mais tragédias. A punição dos responsáveis por esse assassinato é uma obrigação imperativa do Estado, mas as causas da violência e da desigualdade social só serão enfrentadas efetivamente através de uma ação articulada, interministerial e permanente que demonstre a opção do Governo Federal pela democratização da terra, respeito ao meio ambiente, diálogo com as populações locais marginalizadas e efetiva proteção aos defensores de direitos humanos. Demandas das entidades do Fórum Nacional pela Reforma Agrária: … A punição dos responsáveis diretos e indiretos pelo assassinato de Irmã Dorothy Stang, inclusive das autoridades que se omitiram de tomar providências contra as ameaças que ela vinha sofrendo. … Classificar, segundo EMC 45, de 2004 (parágrafo 5 do art. 109 da CF), esse assassinato como uma grave violação dos direitos humanos, transferindo todo os procedimentos investigatórios e processuais para a competência da Justiça Federal; … Ação interministerial (Ministério do Desenvolvimento Agrário, Meio Ambiente, Justiça, Integração Nacional, Secretaria Especial de Direitos Humanos e Defesa) para atuar nas diversas faces do problema agrário e ambiental no Estado do Pará, ampliando recursos e efetivo policial para aumentar a fiscalização ambiental e de violação de direitos humanos; … Proceder a classificação dos imóveis (geo-referenciamento) da região, garantindo a discriminação e arrecadação de terras griladas e de todas as terras públicas, destinando-as ao programa federal de reforma agrária; … Retomada das terras públicas tomadas ilegalmente por grileiros, para sua transformação em Projetos de Assentamento que beneficiem os agricultores de Anapú; … Ampliar os recursos e repassar imediatamente para os órgãos responsáveis para o combate ao trabalho escravo no Pará e em todo o País; … Intervenção federal no Estado do Pará, justificada pelas graves omissões do Governo Estado do Pará frente às reiteradas violações de direitos humanos, ferindo o pacto federativo. … Adoção de medidas urgentes para proteger todos os defensores e defensoras de direitos humanos com risco de morte no Estado do Pará e a imediata efetivação da Coordenação para Defensores de Direitos Humanos no Pará e a proteção a Luis Morais de Brito, do PDS Esperança e outros ameaçados; … Rompimento imediato do acordo do Governo Federal com os madeireiros da região, suspendendo todos os Planos de Manejo Irregulares; … Colocar em pauta e aprovar imediatamente a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 438, de 2001, que altera o artigo 243 da CF e pune a prática do trabalho escravo. Além da apuração rápida e punição dos mandantes e executores desse crime bárbaro, as entidades do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo reafirmam que a solução definitiva dos conflitos no Estado do Pará e em todo o território nacional é a realização de uma reforma agrária ampla e massiva capaz de democratizar a propriedade fundiária e criar os fundamentos para a construção de um desenvolvimento sustentável e solidário para o nosso País. Brasília/DF, 15 de fevereiro de 2005. RELAÇÃO DAS ENTIDADES DO FÓRUM NACIONAL PELA REFORMA AGRÁRIA E JUSTIÇA NO CAMPO 1. ABRA Associação Brasileira de Reforma Agrária 2. ABONG Associação Brasileira das ONGs 3. APR Animação Pastoral Rural 4. ASPTA Assessoria e Serviços em Projetos de Tecnologia Alternativa 5. ANDES Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Superior 6. COIABE Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira 7. Cáritas Brasileira 8. Centro de justiça Global 9. CESE Coordenadoria Ecumênica de Serviço 10. CIMI Conselho Indigenista Missionário 11. CMP Central dos Movimentos Populares 12. CNASI Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra 13. CONDSEF Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais 14. CONIC Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil 15. CONTAG Confederação dos Trabalhadores na Agricultura 16. CPT - Comissão Pastoral da Terra 17. CUT Central Única dos Trabalhadores 18. DESER Departamento de Estudos Sindicais Rurais 19. ESPLAR Escritório de Planejamento Rural 20. FASE Federação de Órgãos de Assistência Social e Educacional 21. FASER Federação das Associações e Sindicatos dos Trabalhadores da Extensão Rural e do Setor Público Agrícola do Brasil 22. FEAB Federação dos Estudantes de Engenharia Agronômica 23. FETRAF Brasil Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar 24. FIAN-Brasil Rede de Informação e Ação pelo Direito a se Alimentar 25. FISENGE Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros 26. IBASE Instituto de Estudos Sociais e Econômicos 27. IBRADES Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social 28. IDACO Instituto de Desenvolvimento e Ação comunitária 29. IECLB Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil 30. IFAS Instituto de Formação e Assessoria Sindical 31. INESC Instituto de Estudos Sócio-Econômicos 32. MAB Movimento dos Atingidos pelas Barragens 33. MLST Movimento de Libertação dos Sem-Terra 34. MMC Movimento de Mulheres Camponesas 35. MNDH Movimento Nacional de Direitos Humanos 36. MPA Movimento de Pequenos Agricultores 37. MST Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra 38. MTL Movimento Terra, Trabalho e Liberdade 39. Pastorais Sociais da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) 40. PJR Pastoral da Juventude Rural 41. Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais 42. Rede Social de Justiça e Direitos Humanos 43. RENAP Rede Nacional dos Advogados Populares 44. SINPAF Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Instituição de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário 45. TERRA DE DIREITOS
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