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Aggiornamento sulla riforma agraria e la lotta per la giustizia e per il dirito alla terra in Brasile
- Subject: Aggiornamento sulla riforma agraria e la lotta per la giustizia e per il dirito alla terra in Brasile
- From: Cristiano Morsolin <morsolin at yahoo.it>
- Date: Sun, 4 Nov 2001 18:10:08 +0100 (CET)
Un aggiornamento sul foro nazionale della riforma agraria e sulla lotta per la giustizia e per il diritto alla terra in brasile,dall'originale in portoghese ripreso anche da Misna, su mia sollecitazione. cristiano morsolin BRAZIL, 24 OCT 2001 (11:53) ------------------------------------------------------- 'FORUM NAZIONALE RIFORMA AGRARIA' PRESENTA A CARDOSO DOCUMENTO SU VIOLENZA NEL PARÁ (BRIEF, PEACE/JUSTICE) Il 'Forum nazionale della riforma agraria' brasiliano ha presentato ieri alle massime autorità del Paese un rapporto in cui viene denunciato il preoccupante aumento della violenza contro i contadini del sud e del sudest del Pará (Amazzonia) sollecitando misure adeguate a garantire la sicurezza dei civili. Il documento è indirizzato al presidente Fernando Henrique Cardoso, ai ministri di giustizia, José Gregori e dello sviluppo agrario, Raul Jungmann e al governatore del Pará, Almir Gabriel. Il rapporto contiene dati impressionanti su omicidi, sequestri, minacce di morte, torture e vessazioni subite dai lavoratori rurali da parte di 'pistoleiros' al soldo dei latifondisti locali. Dal 1971 al 2001 sono stati assassinati nella regione 706 contadini e la completa impunità ha finora protetto i responsabili. Le autorità locali - si legge ancora nel testo - spendono cifre notevoli per finanziare le operazioni di sgombero delle 'fazendas' occupate dai Senza Terra, ma poi si rivelano incapaci di perseguire con altrettanta perizia i killer che seminano morte e terrore tra i lavoratori rurali. In 30 anni di storia, sono stati realizzati appena tre processi contro chi si è macchiato di tali crimini, conclusi con le condanne di unmandante, un intermediario e due sicari ingaggiati dai'fazendeiros'. FÓRUM NACIONAL PELA REFORMA AGRÁRIA E JUSTIÇA NO CAMPO Secretaria: Comissão Pastoral da Terra Caixa Postal 749 - 74001-970 Goiânia - GO Tel. 062/2126466 Fax.062/2120421 E-mail: cptnac at cultura.com.br Exmo. Sr. Fernando Henrique Cardoso Presidente da República Federativa do Brasil Cc: Exmo Sr. José Gregori Ministro da Justiça Exmo Sr. Raul Jungmann Ministro do Desenvolvimento Agrário Exmo Sr. Almir Gabriel Governador do Estado do Pará 22 de Outubro de 2001 Re: O RECRUDECIMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS NO SUL E SUDESTE DO PARÁ EM 2001 Exmo. Sr. Presidente, O Estado do Pará, principalmente suas regiões sul e sudeste, tem sido marcado e conhecido nacional e internacionalmente pelos graves e violentos conflitos pela posse da terra, os quais nas últimas décadas vitimaram centenas de trabalhadores rurais, dirigentes sindicais, religiosos, advogados, parlamentares e diversos outros ativistas pela reforma agrária. Somente nos últimos trinta anos (1971-2001), naquele Estado, foram assassinados em conflitos pela posse da terra 706 trabalhadores rurais, sendo que praticamente a maioria destas mortes - 534 - foi registrada na região sul e sudeste. Na primeira metade do período acima mencionado (1971-1985), foram registrados 340 assassinatos em conflitos fundiários. Na segunda metade do período (1986-2001), foram assassinados 366 trabalhadores rurais, demonstrando assim a persistência no tempo do padrão de violência existente na região. Contudo, se o padrão de violência na região impressiona, a impunidade choca ainda mais. Envolvidos diretamente com esses crimes encontram-se centenas de pessoas, entre mandantes, intermediários e pistoleiros. Ao longo de todos esses anos somente foram realizados três Júris Populares, nos quais foram condenados: um mandante, um intermediário e dois pistoleiros. Ressalte-se, porém que, os dois pistoleiros tiveram suas fugas facilitadas e não cumpriram a pena. A impunidade tem sido a marca do Poder Judiciário paraense quando se trata de assassinatos no campo. É com grande preocupação que constatamos que a situação de violência voltou a se agravar consideravelmente na região no ano de 2001. Os últimos acontecimentos, ocorridos no sul e sudeste do Estado do Pará, têm sido indicativos muito claros dessa situação. OS ASSASSINATOS. Em menos de quatro meses, entre os primeiros dias de julho e os primeiros dias de outubro, oito trabalhadores rurais foram assassinados em função de conflitos fundiários na região sul e sudeste do Pará: * No dia 04 de julho foi assassinado o trabalhador rural Manoel Messias Colono de Souza, no município de Marabá; * Na noite do dia 09 de julho, José Pinheiro Lima, sua esposa Cleonice e seu filho Samuel foram assassinados por pistoleiros em Marabá; * No dia 11 de julho foi assassinado Divino Francisco Dantas, no interior da Fazenda Hidroservice, município de Itupiranga; * No dia 25 de agosto, houve um novo assassinato, em Altamira, do sindicalista e dirigente da Fetagri Ademir Alfeu Federicci (“Dema”). * Em 1º de setembro, foi assassinado o trabalhador rural, Miguel Freitas, líder de famílias sem-terra da região da divisa entre Tucuruí e Baião. * No último dia 06 de outubro, foi assassinado o trabalhador rural Gilson Sousa Lima, acampado na fazenda Taboqueira, município de Parauapebas. Todos os assassinatos foram encomendados por latifundiários da região. OS AMEAÇADOS DE MORTE. À tragédia dos assassinatos no campo, junta-se o drama dos ameaçados de morte, dirigentes sindicais e líderes do MST, em sua maioria. A Comissão Pastoral da Terra de Marabá, desde 1996, tem tornado pública uma relação permanente de aproximadamente vinte trabalhadores rurais marcados para morrer. Muitos integrantes da lista já foram assassinados, como Euclides Francisco de Paula (sindicalista de Parauapebas, assassinado em 1999); José Dutra da Costa (sindicalista de Rondon do Pará, assassinado em 2000) e José Pinheiro Lima (sindicalista de Marabá, assassinado em 2001). As ameaças se intensificaram no decorrer do ano 2001. Fazem parte da lista dos ameaçados de morte nas regiões sul e sudeste do Pará: José Soares de Brito (sindicalista de Rondon), José Cláudio Ribeiro da Silva (sindicalista de Nova Ipixuna), Antônio Rodrigues da Silva (sindicalista de Parauapebas), Frei Henri des Rosiers (advogado da CPT), Raimundo Nonato Santos da Silva, Francisco de Assis Solidade (líderes da Fetagri Regional), entre outros. Lamentável sob todos os aspectos é a posição complacente da área de segurança pública do Estado do Pará no que diz respeito às pessoas que integram a lista de marcados para morrer. Sempre se esquivando de encarar seriamente o problema, usando justificativas jurídicas inconsistentes, o Secretário de Defesa Social, Paulo Celso Pinheiro Sette Câmara, não tem pudores ao revelar que nada fará para evitar novas mortes entre os ameaçados, porque em sua percepção não existiriam ações policiais preventivas possíveis; o Secretário considera intrínseca a violência nos conflitos fundiários e acredita que frente às ações dos trabalhadores rurais ocupando latifúndios improdutivos naturalmente deve haver uma reação do latifúndio. Todas estas informações indicam claramente que há hoje no Estado do Pará, uma posição política de repressão total às duas principais organizações camponesas no Estado - MST e FETAGRI - e que tem como objetivo fundamental prestigiar o latifúndio como importante força política. AS MILÍCIAS ARMADAS NAS FAZENDAS. Os assassinatos de trabalhadores rurais são praticados por pistoleiros que se abrigam no interior dos latifúndios da região. Nos últimos meses, os fazendeiros passaram a adotar a tática de contratar “empresas de segurança” para proteger os latifúndios. Na verdade, trata-se de “empresas de fachada”, usadas para legitimar as ações criminosas de pistolagem. Os supostos seguranças têm praticado toda espécie de crimes contra os trabalhadores rurais da região tanto no interior das fazendas quanto nas estradas e vilas localizadas nas proximidades. Tudo sob a clara conivência da Secretaria de Defesa Social e da cúpula da polícia civil do Estado. A prova mais evidente do envolvimento da polícia com os pistoleiros aconteceu no dia 21 de setembro, quando - segundo Relatório da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal - foram detidos empregados da fazenda Reunidas levando um arsenal de armas de grosso calibre, admitindo que as mesmas pertenciam à fazenda. Na delegacia, um dos detidos apresentou um cartão personalizado do Delegado-Geral da Polícia Civil do Pará e disse “este é o homem que vai nos ajudar”. Eles foram soltos no mesmo dia. AS PRISÕES DE TRABALHADORES RURAIS. Somente nos 120 dias entre abril e agosto foram presos 125 trabalhadores rurais no sul e sudeste do Pará: * Em 05 de abril foram presos 29 trabalhadores rurais em Eldorado do Carajás; * Em 18 de abril 07 trabalhadores rurais em Tailândia; * Em 04 de maio 07 trabalhadores rurais em São Geraldo do Araguaia; * Em 07 de maio 04 trabalhadores rurais em São João do Araguaia; * Em 18 de maio 04 trabalhadores rurais em Marabá; * Em 25 de junho 09 trabalhadores rurais em Conceição do Araguaia; * Em 26 de junho 37 trabalhadores rurais em Aurora do Pará; * Em 02 e 03 de julho 07 trabalhadores rurais em Bannach. * Ainda durante o mês de julho, mais 05 trabalhadores rurais em Itupiranga, 06 trabalhadores rurais em Parauapebas, 01 trabalhador em Bannach, 05 trabalhadores rurais em Eldorado do Carajás. * No dia 02 de agosto foram presos mais 04 trabalhadores rurais em Parauapebas. OS DESPEJOS REALIZADOS PELA POLÍCIA MILITAR. Nos últimos quatro meses, no sul e sudeste do Pará, mais de 1500 famílias foram despejadas em onerosas operações da Polícia Militar, que além de impossibilitarem a continuidade do trabalho de famílias pobres, ainda destruíram por completo seus poucos bens, como foi registrado nas Fazendas: Bannach (município de Bannach), Santo Antônio (Parauapebas) e Boa Sorte (São Domingos do Araguaia). As famílias despejadas já se encontravam nas áreas ocupadas há mais de dois anos e com processos de desapropriação adiantados no Incra. Acrescente-se a todas essas formas de violência, o trabalho escravo, situação a que são submetidas centenas de trabalhadores rurais, trazidos principalmente dos estados do Nordeste para o interior das grandes fazendas da região. Só este ano já são mais de 900 casos de peões resgatados das fazendas pelo Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo, a partir de denúncias feitas pelas equipes da CPT do sul e sudeste do Pará. Um relatório completo contendo todas essas denúncias e apresentando propostas de combate a essas formas de violência foi entregue à Delegação da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal em Marabá, no último dia 04 de outubro. Esta Delegação, composta também por representantes do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Ministério da Justiça) e da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, esteve na região realizando audiências públicas para tomar conhecimento mais detalhado da gravidade da situação. Observe-se que justamente no último dia 06 de outubro, a despeito da visita da delegação, foi assassinado o trabalhador rural Gilson Sousa Lima. Foi como se os latifundiários afirmassem: “aqui mandamos nós”. Enquanto Fórum que agrega as principais entidades que lutam pela Reforma Agrária e Justiça no Campo no Brasil, exigimos que o Governo Brasileiro se pronuncie sobre essa questão e assumindo o papel que lhe cabe, dê um basta a essa onda de terror. Assim como o Governo do Pará, o Governo Federal também tem responsabilidade sobre os fatos aqui relatados, uma vez que sua política agrária tem privilegiado os latifundiários, uma vez que criminaliza os movimentos sociais impedindo trabalhadores e trabalhadoras rurais de terem acesso à terra, mesmo que improdutivas, ao proibir que estas sejam vistoriadas. Além disto, o Governo Federal vem desqualificando a violência no campo, com as recentes afirmações do Ministro Jungmann e do Presidente do INCRA , alegando que os assassinatos ocorridos neste ano não teriam relação com os conflitos fundiários mas teriam sido provocados por pretensas “desavenças pessoais” entre os trabalhadores rurais. Nesta perspectiva, apresentamos abaixo as seguintes propostas de ação: * Assassinatos, Ameaças de Morte, Milícias Particulares e Violência Policial a) Formação imediata de uma força-tarefa composta pela Polícia Federal, sob coordenação conjunta do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Estado do Pará. Tal força-tarefa deveria ter por objetivo principal o desmantelamento da rede criminosa organizada, notadamente envolvida com os assassinatos nos últimos anos e com as ameaças a dirigentes sindicais e do MST, além da repressão às milícias particulares existentes em diversas fazendas no sul e sudeste do Pará; b) Revisão do papel da Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (DECA), subordinada à Delegacia de Investigações e Operações Especiais da Polícia Civil do Pará, sendo reorientada sua atuação no sentido de efetivamente investigar os crimes praticados contra os trabalhadores rurais e reprimir a rede criminosa envolvida com o latifúndio da região, tendo em vista que, atualmente, a DECA se limita apenas a prender trabalhadores rurais, realizar atividades de inteligência policial e instaurar inquéritos contra os trabalhadores. * Impunidade e Respostas Judiciais Efetivas c) Imediata intervenção junto às autoridades judiciárias do Estado de Goiás, bem como junto aos responsáveis pelo sistema penitenciário e Ministério Público de Goiás no sentido de dar-se um fim às regalias e privilégios estendidos ao fazendeiro Jerônimo Alves de Amorim - condenado, em 06 de junho de 2000, à pena de reclusão em regime fechado de 19 anos e 6 meses pelo Tribunal de Júri de Belém, por ser o mandante do assassinato do sindicalista de Rio Maria, Expedito Ribeiro de Souza - bem como garantir-se que o mesmo cumpra sua pena no regime determinado na sentença de condenação. d) Cumprimento, em um prazo não superior a 90 dias, dos diversos mandados de prisão referentes a crimes cometidos contra trabalhadores rurais. e) Tomada de providências para garantir julgamento imparcial de processos relaicionados a assassinatos de trabalhadores rurais: após anos de acompanhamento permanente, alguns processos judiciais referentes a assassinatos no campo estão muito próximos de serem julgados. Neste ponto podemos citar o processo judicial referente ao assassinato do dirigente sindical João Canuto, da chacina coletiva de Ubá e do massacre de Eldorado do Carajás. Contudo, ainda restam em relação a tais processos providências de responsabilidade do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, providências essas decisivas para um julgamento isento e legalmente correto. * Caso João Canuto (+18.12.1985). Dois acusados na condição de mandantes, Adílson Laranjeira e Vantuir Gonçalves de Paula, foram pronunciados e encaminhados para julgamento pelo Tribunal do Júri da Comarca de Rio Maria em maio de 2001. A sentença de pronúncia transitou em julgado. Avaliando com base em diversos fatores, ser contraproducente a realização do julgamento dos mandantes em Rio Maria, o Ministério Público solicitou o desaforamento do julgamento para Belém. O pedido de desaforamento (processo número 2001303845 - Câmaras Criminais Reunidas) encontra-se atualmente em poder do Desembargador Werther Benedito Coelho, relator sorteado. As organizações que subscrevem o presente relatório concordam com o Ministério público no sentido de não ser possível a realização do julgamento em Rio Maria e solicitam apoio no sentido de mobilização em favor do desaforamento do julgamento para Belém. * Caso José Pinheiro Lima, Cleonice Campos e Samuel Campos (+09.07.2001). No inquérito policial instaurado para apurar o assassinato do dirigente sindical, esposa e filho, sob a presidência do Delegado Sílvio Maués, embora com quase três meses de instauração, ainda não foi possível estabelecer com clareza suficiente, quem teriam sido os executores da família, estando diversas diligências pendentes. O mandante e o intermediário, identificados oficialmente, permaneceram presos por trinta dias e foram soltos. Um segundo mandante, oficialmente foragido, com prisão temporária decretada, segundo diversas fontes, encontra-se atualmente em Marabá, não tendo sido preso ainda por motivos desconhecidos. As entidades que subscrevem o presente relatório solicitam mobilização em favor de um maior aprofundamento das investigações policiais, bem como o cumprimento dos mandados de prisão pendentes referentes ao caso. * Reforma Agrária f) Fim das reedições da MP 2027-38 (atualmente MP 2183-56) que determina que propriedades rurais ocupadas não podem ser vistoriadas pelo lncra durante os dois anos seguintes à desocupação; g) Formação de um grupo de trabalho composto pelo Ministério Público Federal, Fetagri, Comissão Pastoral da Terra, Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos e Incra para identificar áreas griladas e propor medidas legais adequadas, sendo tarefa principal de ação do grupo de trabalho, atuação no Município de Rondon do Pará, apontado como o de maior incidência de grilagem na região leste daquele Estado. O grupo especial deveria dispor de 120 dias para concluir a atividade de Rondon do Pará; h) Aplicação integral do Manual para Reintegrações de Posse, elaborado pela Ouvidoria Agrária Nacional do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Ministério da Justiça, nas operações de desocupação forçada a serem realizadas em cumprimento de mandados judiciais; i) Estabelecimento pela Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, por meio de provimento, de procedimento padrão a ser adotado por todos os magistrados em relação às ações possessórias em área rural, ficando garantida a prévia intimação do Ministério Público para manifestar-se antes da concessão de eventuais medidas liminares em ações possessórias, e consulta prévia ao lterpa e lncra sobre a situação legal do imóvel rural em litígio; j) Aprovação imediata de projeto de lei para alteração da redação do artigo 928 do Código de Processo Civil, sendo estabelecida a obrigatoriedade de ouvir-se o Ministério Público e órgãos fundiários antes do deferimento ou indeferimento de medidas liminares em ações possessórias. * Trabalho Escravo k) Reforço da estrutura do Grupo Móvel do Ministério do Trabalho com carros, helicópteros, meios humanos e com uma equipe especializada da Policia Federal (sempre prometida, nunca concretizada). l) Empenho para que as multas por infrações trabalhistas sejam cobradas e pagas. m) Condenação pecuniária das infrações trabalhistas. A Procuradoria do Trabalho não deve sempre reconduzir os ajustes de conduta na Justiça do Trabalho, como ela tem feito até agora no Sul do Pará, mas requerer condenações pecuniárias que podem ser altíssimas e, portanto, dissuasivas. Por exemplo, no caso da fazenda Brasil Verde, a Procuradoria do Trabalho reconduziu várias vezes os termos de ajuste de conduta enquanto houve reincidência que justificava requerimento de condenação pecuniária. n) Suspensão dos financiamentos públicos às empresas agropecuárias que praticam trabalho escravo. Por exemplo, a fazenda Brasil Verde do Grupo Quagliato, denunciada em flagrante de prática de trabalho escravo em 1997 e flagrada em 2000 por aliciamento de 82 trabalhadores do Piauí e infrações trabalhistas, e a fazenda Rio Dourado, flagrada em prática de trabalho escravo em fevereiro de 2001, continuam, conforme matéria do Jornal do Brasil em 30/04/101, a receber financiamento público. o) Desapropriação das fazendas com prática de trabalho escravo. O Ministro do Desenvolvimento Agrário, Sr. Raul Jungmann, declarou várias vezes, com muita publicidade, que as fazendas que praticam o trabalho escravo serão desapropriadas. Por que não desapropriar agora a fazenda Rio Dourado, no município de Cumaru do Norte, as fazendas Bannach, no município de Bannach, a fazenda do deputado do Piauí, no município de São Félix do Xingu, todas flagradas este ano em prática de trabalho escravo? O efeito dissuasivo seria importante, na condição evidentemente que a indenização não seja superfaturada, como foi o caso da fazenda Flor da Mata em 98. p) Anulação do acordo privilegiado dos 03 grandes latifundiários do Sul do Pará, assinado, em 09.04.01, pelo Ministério Público do Trabalho, a Secretaria da Inspeção do Trabalho - SIT, inviabilizando qualquer fiscalização séria nas suas 23 fazendas. O Brasil é Estado parte do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos assim como do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, e, desta forma, está obrigado a proteger e garantir estes direitos à sua população. Ficamos, portanto na expectativa e aguardo de um posicionamento contundente e respectiva tomada imediata de medidas efetivas por parte do Governo Brasileiro. Atenciosamente, Manoel José dos Santos Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura - CONTAG Luis Antônio Pasquetti Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST pp/ Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo: Articulação Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais - ANMTR Associação Brasileira pela Reforma Agrária- ABRA Animação Pastoral Rural - APR Assessoria e Serviços em Projetos de Tecnologia Alternativa - ASPTA Cáritas Brasileira Centro de Justiça Global Comissão Pastoral da Terra- CPT Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais - CONDSEF Confederação Nacional dos Servidores do INCRA- CNASI Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura- CONTAG Conselho de Articulação das Populações Indígenas do Brasil - CAPOIB Conselho Indigenista Missionário - CIMI Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil - CONIC Coordenadoria Ecumênica de Serviço - CESE Departamento de Estudos Sócio-Econômicos Rurais - DESER Escritório de Planejamento Rural - ESPLAR Federação das Associações e Sindicatos dos Trabalhadores da Extensão Rural e do Setor Público Agrícola do Brasil - FASER Federação das Associações de Assistência Social e Educacional - FASE Federação dos Estudantes de Engenharia Agronômica - FEEAB FIAN-Brasil - Rede de Informação e Ação pelo Direito a se Alimentar Instituto de Estudos Socio-econômicos- INESC Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social - IBRADES Instituto de Estudos Sociais e Econômicos - IBASE Instituto de Formação e Assessoria Sindical Rural - IFAS Movimento dos Atingidos pelas Barragens - MAB Movimento de Libertação dos Sem-Terra - MLST Movimento de Luta pela Libertação dos Sem Terra - MLST de Luta Movimento Nacional de Direitos Humanos - MNDH Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra- MST Pastorais Sociais da CNBB Pastoral da Juventude Rural - PJR Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais ______________________________________________________________________ Abbonati a Yahoo! 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