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Estad^ao de S.Paolo: frazionismi - imposta - accuse di banda armata



36 associazioni del Paranà rompono con l'MST
Famiglia di due grandi insediamenti discordano anche con le azioni dell'entità
 
CARLOS ARAÚJO

Enviado especial

RIO BONITO DO IGUAÇU (PR) - Todas as 36 associações de famílias dos assentamentos Ireno Alves dos Santos, o maior do País, e Marcos Freire, na antiga Fazenda Pinhal Ralo, em Rio Bonito do Iguaçu, a quase 400 quilômetros de Curitiba, romperam vínculos com o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) nos últimos quatro anos. As associações discordam da cobrança de "pedágio" financeiro com recursos da reforma agrária pelo MST e das ações do movimento, como invasão de prédios públicos.

A revelação foi feita por A.R.R., de 42 anos, líder de uma das associações.

Sua identidade é preservada porque ele teme represália. Numa casa, um grupo de homens e mulheres classificou o MST como um movimento "ditador" e acusou os líderes de fazerem "perseguição" e "ameaças". Mas, com medo de retaliação, negaram-se a dizer os motivos desse clima e indicaram A.R.R.

para dar informações.

A reportagem, que entrou no assentamento sem que os líderes do MST soubessem, encontrou A.R.R. trabalhando num trecho dos 5,5 alqueires que recebeu como assentado. Ele está no local desde 1996, quando a Fazenda Pinhal Ralo foi invadida, com apoio do MST. Passou a integrar uma das associações de assentados que reúnem, cada uma, de 30 a 100 famílias.

Informou que sua associação rompeu com o MST porque a organização cobrava 8% das verbas recebidas do governo federal. "Isso não tem nem cabimento", criticou.

A reportagem procurou um dos líderes do MST na sede do assentamento Ireno Alves dos Santos, Jaime Calegari, mas não o encontrou. Também tentou por telefone contato com os coordenadores estaduais do movimento em Curitiba, Luiz Gomes e Roberto Baggio. Eles não foram localizados.

Pressão - O assentamento Ireno Alves, com 17 mil, tem 900 famílias e é considerado o maior do Brasil. Já o Marcos Freire tem 1.400 hectares e reúne 600 famílias. De acordo com A.R.R., das 1.500 famílias dos dois assentamentos, 900 integram as 36 associações que se desvincularam do MST. As outras 600 continuam a fazer parte do movimento.

A.R.R. conta que o movimento tentou reverter o rompimento, "à força". Em 1999, sua associação sofreu pressão "armada" do MST. "O clima ficou tenso", garante.

Ele disse que um grupo armado do MST esteve em frente de sua casa. A.R.R.

não chamou a polícia. "Resolvemos com o diálogo." Apesar da pressão, prevaleceu o rompimento. "Fazer pressão em prefeituras, quebrar banco, Incra, quebrar prédio público, o nosso pessoal não faz."

Segundo ele, a pressão do MST também era para que a associação participasse dessas atividades de protestos.

Explicou que, sem o MST, as associações ganharam vida própria e a cuidar dos seus interesses diretamente com órgãos públicos, como a prefeitura local, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). "Mudou 100%", compara A.R.R.

Com os órgãos públicos, sua associação conseguiu ambulância e medicamentos para o posto de saúde de Rio Bonito do Iguaçu, acesso a telefone e assessoria de técnicos agrícolas. "Não pagamos nada agora." Segundo ele, o padrão de vida das famílias que integram as associações é melhor do que à das pessoas ligadas ao MST nos dois assentamentos. Acrescentou que as famílias que continuam no movimento são ameaçadas pelos líderes de terem seus lotes tomados caso decidam desvincular-se. "Reforma agrária do tipo que eles (MST) fazem não é reforma agrária."

Dificuldades - A realidade dos assentamentos vai além dessas divergências. Por conta das denúncias de pagamento de "pedágio", apuradas pelo Incra em sindicâncias, a fonte de financiamento dos assentados, por meio do Projeto Lumiar, foi suspensa. Nas regiões de Rio Bonito e Bituruna, o que as famílias conseguiram arrecadar com a venda de produtos está no fim. Esperam novo financiamento para continuar a plantar e comprar equipamentos.

Em 1999, a família de Loreni Gossi, integrante do MST, recebeu pouco mais de R$ 2.000,00 da União. Foi o suficiente para comprar dois bois, por R$ 1.500,00, e uma carroça, por R$ 500,00. Este ano, a família sobreviveu da colheita de 300 sacos de milho, que ficaram depositados numa cooperariva, mas não comprou nenhum equipamento novo. "O que a gente ganha mal dá para comer e fazer a roça de novo." A.R.R., que tem cinco filhos, plantou milho, feijão, mandioca, arroz e cebola. Vendeu parte da produção e, com isso, obteve R$ 6.000,00.

Descontadas as despesas de R$ 3.500,00, sobraram R$ 2.500,00. Desse valor só restam R$ 800,00 em crédito num supermercado de Rio Bonito do Iguaçu. Se o próximo financiamento demorar, os próximos meses serão de incerteza.

 

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Parte dagli abitanti approva l'imposta

RIO BONITO DO IGUAÇU – A divisão das famílias em relação ao Movimento Sem-Terra pode ser vista nos contatos com moradores dos dois assentamentos. Loreni Grossi, de 35 anos, e um vizinho, Valdevino de Oliveira, apóiam o MST e aprovam o pagamento de “pedágio”.

Dizem que entregam, espontaneamente, 3% dos recursos que obtém no assentamento para o MST, porque o “movimento precisa ter capacidade de lutar pela reforma agrária” para famílias que ainda não conseguiram terra. “Acho correto cobrar dos assentados”, disse Loreni. “Se não tiver 3%, a reforma agrária não existe”, afirmou Oliveira.

Oliveira, que tem mulher e três filhos, declarou que quem paga os 3% são os vendedores de equipamentos e produtos agrícolas. Disse que, de cada R$ 100,00 vendidos em mercadorias, R$ 3,00 são recolhidos à coordenação do assentamento onde mora, o Ireno Alves dos Santos, e o vendedor recebe R$ 97,00. O problema, admitiu, é que em muitos casos o negócio fechado envolve recursos públicos provenientes do crédito da reforma agrária. (C.A.)
 
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La Polizia Federale già indiziò 25 militanti del Movimento
essi sono accusati per formazione di banda armatam danni ed invasione di palazzi pubblici 
EDSON LUIZ

BRASÍLIA - A ofensiva do governo contra as ações do Movimento dos Sem-Terra, nos últimos três meses, mostra os primeiros resultados. Acusados de invasão de prédios públicos, danos ao patrimônio e formação de quadrilha, 25 integrantes do movimento foram indiciados pela Polícia Federal. Outros líderes do MST, como Jaime Amorim, coordenador do MST no Nordeste, estão sendo ouvidos e podem ser indiciados em breve.

Só em São Paulo, a PF indiciou 14 integrantes do MST que participaram, com 500 pessoas, da ocupação do prédio do Ministério da Fazenda, em 2 de maio.

Foi uma inovação nas táticas do MST: invadir prédios públicos para pressionar a área econômica a liberar recursos para a reforma agrária.

Acusações - Os indiciados respondem por constrangimento com violência e ameaça, além de danos ao patrimônio público. São suspeitos de usar armas na ação. Se condenados, podem pegar de 1 mês a 1 ano de prisão. São eles: Luciano C. Gomes, Eduardo de Jesus, João Paulo Rodrigues Chaves, José P. da Silva, Rubenilton Mattos, Rosivaldo de Paula, Soraia Soriano, Vaguimar Nunes da Silva, Achilles Delari Junior, Adalberto I. Lopes Queiróz, Delwek Matheus, Luciano Alves da Costa, Manuel Evaristo da Silva e Sérgio Pantaleão.

Os 32 inquéritos abertos até agora mostram que as ações do MST se concentraram no Centro-Oeste e Nordeste, com alguns episódios em São Paulo e Sul do País. O líder do movimento no Pontal do Paranapanema, José Rainha Júnior, foi ouvido há algumas semanas e poderá ser indiciado pela PF por incitação ao crime.

Já Amorim pode ser indiciado por ter comandado a invasão do prédio da Receita Federal no Recife, assim como Edilson Barbosa de Lima, Carlos S.

Brandão e Marluce C. de Melo Thorley. Amorim também é acusado da invasão do navio liberiano no porto do Recife, onde vários equipamentos foram danificados.

No Rio Grande do Sul, a PF investiga a participação de José Cenci e Ailton Koda no bloqueio da ponte que liga o Brasil à Argentina. Outros membros do MST estão sendo investigados pelo fechamento de uma ponte na BR-392, em Rio Grande (RS), e pela invasão da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Porto Alegre. Na ocasião, a PF chegou a pedir a prisão preventiva de três sem-terra, negada pela Justiça Federal.

A ocupação da sede do Ministério da Fazenda em Salvador fez com que a PF indiciasse Weldes V. de Queiróz, Mauro L. Xavier da Costa e Valmir Assunção, por constrangimento com uso de violência e força, danos ao patrimônio público, atentado contra a liberdade do trabalho e contra serviços de utilidade pública, além de resistência à prisão e desacato. O inquérito está quase concluido.

Em Campo Grande (MS), apenas Antonio A. de Lima foi indiciado pela invasão do prédio da Receita Federal, mas Clodoaldo L. de Oliveira, Arivaldo F. de Lima, Cleiton Alexandre P. Valença e Carlos A. Ferrari serão ouvidos e podem ser indiciados.

A ocupação do edifício onde funciona o Ministério da Fazenda e vários outros órgãos públicos resultou no indiciamento de Claudemir D. Vieira, Clemilton Granja, Adir Vicente, Manoel Bezerra Lima e Gilberto da Paixão Fonseca. Eles respondem por invasão de prédio público e danos ao patrimônio.

Gravidade - Um dos casos considerados grave pelo governo foi a invasão da superintendência do Incra em Marabá, no Pará, onde vários funcionários foram mantidos em cárcere privado. Ninguém foi indiciado até agora porque a PF está tendo dificuldade para realizar as investigações na região, que concentra os piores conflitos agrários do País.

Já em Cuiabá (MT) foram indiciados Osmar Zolomeu e Altamiro Roque Stochero.

Eles respondem por invasão e depredação de prédios públicos, incitação ao crime e formação de quadrilha.

A PF pretende concluir a maioria dos 32 inquéritos antes do fim do ano.