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Per persone di buona volontà - messaggio da inviare a Lula per il 17 aprile
- Subject: Per persone di buona volontà - messaggio da inviare a Lula per il 17 aprile
- From: Serena Romagnoli <md1042 at mclink.it>
- Date: Fri, 18 Apr 2008 08:53:05 +0200
- Thread-topic: Per persone di buona volontà - messaggio da inviare a Lula per il 17 aprile
Per mandare un messaggio a Lula bisogna riempire il formulario che trovate all'indirizzo qui sotto e poi confermare la volontà di inviarlo quando vi arriverà la richiesta dalla presidenza. Qui trovate la lettera mandata a Lula da Amig@s MST-Italia, prima in portoghese e poi in italiano. La lettera è stata consegnata ieri all'ambasciata del Brasile a Roma insieme al documento del MST sul 17 aprile e a 19 garofani rossi in memoria delle vittime di Eldorado https://sistema.planalto.gov.br/falepr/exec/index.cfm?acao=email.formulario# 17 de abril de 2008, 12° ano da tragédia de Eldorado dos Carajás - DIA MUNDIAL DE LUTA CAMPONESA Ex.mo. Senhor Presidente da República do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva Ex.mo. Senhor Embaixador do Brasil Adhemar Gabriel Bahadian 17 de abril, dia mundial de luta camponesa, há anos para nós é ocasão de refletir, estimulados pelo Movimento Sem Terra e por VIA CAMPESINA, sobre o que está acontecendo no Brasil em relação à reforma agrária e sobre quais são os elementos que mais preocupam os movimentos sociais que operam no campo. Este ano gostaríamos de destacar em particular: - A ausência de uma estratégia de reforma agrária. A ³Reforma Agrária², dizem os principais expoentes do MST, é extremamente lenta, praticamente paralisada: há mais de 150.000 famílias acampadas ao longo das estradas. O governo não tem um projeto de reforma agrária que se proponha a pôr limites à concentração da propriedade, que se proponha a democratizá-la, não há nem mesmo germe de um projeto desse tipo. É por isso que o MST, nestes dias, recordando a passagem do 12º ano do massacre de Eldorado, está realizando numerosas ocupações de terras, em 14 Estados do país: Roraima, Rio Grande do Sul, São Paulo, Alagoas, GoiásŠ 27 ocupações de terra apenas no Estado de Pernambuco entre 13 e 14 de abril, para denunciar a ineficiência do programa de Reforma Agrária; - O predomínio do agronegócio. A Reforma Agrária está bloqueada no Brasil por causa da política econômica que beneficia as empresas do agronegócio, concentra terras e recursos públicos para a produção de monocultura para a exportação. - A ação das transnacionais. Monsanto, Syngenta, Cargill, Bunge, ADM, Nestlé, Basf, Bayer, Aracruz, Stora Enso querem controlar as sementes, a produção e comércio agrícola brasileiro, continuam a explorar a natureza e a mão-de-obra do Brasil. Estas empresas, junto com o latifúndio improdutivo e o agronegócio, são um obstáculo intransponível para a realização da reforma agrária, pois no modelo do agronegócio e das transnacionais não há lugar para os camponeses e para o povo brasileiro. As empresas querem uma agricultura sem agricultores! Por isso o MST continua a sua luta contra o agronegócio, por um amplo processo de expropriação de terras para a Reforma Agrária, contra as sementes transgênicas, contra o domínio do capital estrangeiro sobre a agroenergia, contra a expansão da cana e do eucalipto. - O crescimento das terras destinadas à produção de agrocombustíveis. Os agrocombustíveis tiram espaço à produção de alimentos provocando o aumento do preço dos produtos alimentares, trabalho escravo, o deterioramento do meio ambiente. Jean Ziegler, que mesmo tendo dedicado palavras de louvor aos programas assistencialistas do governo brasileiro, recentemente sustentou que ³ transformar terras agrícolas em terras destinadas ao bioetanol é um erro profundo². Mesmo que o Brasil tenha muita terra disponível ³os investimentos e a água usados para o etanol acabam sendo subtraídos a outras cultivações². ³O etanol promete mais trabalho mas (Š) não é verdade que o produz. No Brasil cem hectares de terra destinados à agricultura familiar geram 35 postos de trabalho. A mesma área destinada ao cultivo industrial de cana gera apenas dez postos. O etanol aumenta a miséria e o desemprego. A terra torna-se tão cara que as famílias não conseguem sobreviver. É um retrocesso social e histórico e um afastamento de tudo a que o Brasil moderno aspira². - A violência no campo. Conforme o relatório da CPT, apresentado em 15 de abril, foram 28 os mortos em 2007 nos 14 Estados do País. Desde 2005 foram mortos 18 militantes do MST e 87 foram presos. Em todos os Estados nos quais o MST é presente há militantes ameaçados de morte. Há uma prática arcaica ligada aos pistoleiros sob a forma moderna do agronegócio. As transnacionais utilizam empresas de vigilância que são em parte legais, pois agem com licenças expedidas pela polícia federal, mas que usam os velhos expedientes dos pistoleiros ou contratam pistoleiros para atacar os trabalhadores. Isso ocorreu no caso da Syngenta, por exemplo. - A persistência da impunidade. A 12 anos do massacre do Pará, que matou 19 trabalhadores rurais e deixou centenas de feridos e 69 mutilados, ficam livres os 155 policiais participantes à operação. Este ano os trabalhadores mutilados e as viúvas dos agricultores assassinados estão acampados desde o dia 4 de abril na frente da sede do governo do Estado. Os trabalhadores Sem Terra pedem à governadora, Ana Júlia Carepa (PT), que sejam realizadas as várias promessas feitas, como tratamentos médicos para os sobreviventes feridos durante o massacre, que ainda estão com as balas no corpo. Até hoje esses tratamentos nem mesmo iniciaram. - A criminalização dos movimentos sociais. Assiste-se a uma demonização dos movimentos sociais na imprensa: as contínuas denúncias de que são vítimas os seus dirigentes e militantes visam obstruir constantemente a democrática atividade de denúncia e protesto. - As privatizações dos bens comuns e as grandes obras, como a transposição do Rio São Francisco. - Os possíveis acordos entre UE e América Latina. Atualmente está acontecendo uma ofensiva por parte da União Européia pela liberalização dos mercados latino-americanos. Enquanto parece afastado o perigo da ALCA, a Área de Livre Comércio do Alaska à Terra do Fogo com que os Estados Unidos miravam anexar de fato a América Latina, o governo brasileiro parece intencionado a retomar a iniciativa de firmar o mesmo tipo de acordo com a Europa. Acordo que terá os mesmos efeitos perversos que teria causado a ALCA com os americanos. Para contrastar tal ofensiva, realizar-se-á em Lima, em maio de 2008, pela terceira vez desde 2004, o encontro Enlazando Alternativas 3 (EA3), promovido por vários movimentos sociais e organizações não governamentais da Europa e da América Latina e do Caribe (ALC) e entendido como Cúpula dos Povos de ambos os continentes. O encontro será realizado paralelamente à V Cúpula dos chefes de Estado e de governo de ALC e UE. A nossa associação que há anos segue com interesse o caso do Movimento sem terra e dos movimentos sociais brasileiros manifesta a sua preocupação pelas escolhas políticas presentes e futuras do seu governo. ASSOCIAZIONE NAZIONALE AMIG@S MST-ITALIA °°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°° 17 aprle 2008, 12° anniversario della strage di Eldorado dos Carajas - GIORNATA MONDIALE DI LOTTA CONTADINA Il 17 aprile, giornata mondiale di lotta contadina, è da anni per noi l¹occasione di riflettere, stimolati dal Movimento Sem Terra e da VIA CAMPESINA, su che cosa sta succedendo in Brasile in relazione alla riforma agraria e su quali sono gli elementi che più preoccupano i movimenti sociali che operano nelle campagne. Quest¹anno vogliamo sottolineare in particolare: - L¹assenza di una strategia di riforma agraria. La ³Riforma Agraria², dicono i principali esponenti del MST, è estremamente lenta, praticamente paralizzata: ci sono più di 150.000 famiglie accampate lungo le strade. Il governo non ha un progetto di riforma agraria che si proponga di porre limiti alla concentrazione della proprietà, che si proponga di democratizzarla, non ci sono neanche embrioni di un progetto di questo tipo. E¹ per questo che il MST, in questi giorni, ricordando l¹anniversario del massacro di Eldorado, sta portando avanti numerose occupazioni di terre, in 14 stati del paese: Roraima, Rio Grande do Sul, Sao Paulo, Alagoas, GoiasŠ 27 occupazioni di terra soltanto nello stato di Pernambuco tra il 13 e il 14 qprile, per denunciare l¹inefficienza del programma di Riforma Agraria - Il predominio dell¹agrobusiness. La Riforma Agraria è bloccata in Brasile a causa della politica economica che beneficia le imprese dell¹agrobusiness, concentra terre e risorse pubbliche per la produzione di monocultura per l¹esportazione. - L'azione delle transnazionali. Monsanto, Syngenta, Cargill, Bunge, ADM, Nestlé, Basf, Bayer, Aracruz, Stora Enso vogliono controllare i semi, la produzione e il commercio agricolo brasiliano, continuano a sfruttare natura e forza lavoro del Brasile. Queste imprese, insieme al latifondo improduttivo e all¹agrobusiness, sono un ostacolo insormontabile alla realizzazione della riforma agraria perché nel modello dell'agrobusiness e delle transnazionali non c'è posto per i contadini e per il popolo brasiliano. Le imprese vogliono una agricoltura senza agricoltori! Per questo il MST continua la sua lotta contro l'agrobusiness, per un ampio processo di espropriazione di terre per la Riforma Agraria, contro i semi transgenici, contro il dominio del capitale straniero sull'agroenergia, contro l'espansione di canna e eucalipto. - La crescita delle terre destinate alla produzione di agrocombustibili. Gli agrocombustibili sottraggono spazio alla produzione di alimenti provocando l'aumento del prezzo dei prodotti alimentari, del lavoro schiavo, del deterioramento dell¹ambiente. Jean Ziegler, che pur ha dedicato parole di lode ai programmi assistenzialisti del governo brasiliano, ha recentemente sostenuto che ³ trasformare terre agricole in terre destinate al bioetanolo è un errore profondo². Anche se il Brasile ha molta terra disponibile ³gli investimenti e l¹acqua usati per l¹etanolo finiscono per essere sottratti ad altre coltivazioni². ³L¹etanolo promette più lavoro ma (Š) non è vero che lo produce. In Brasile cento ettari di terra destinati all¹agricoltura familiare generano 35 posti di lavoro. La stessa area destinata alla coltivazione industriale di canna genera appena dieci posti. L¹etanolo aumenta la miseria e la disoccupazione. La terra diventa tanto cara che le famiglie non riescono a sopravvivere. E¹ un passo indietro sociale e storico e un allontanamento da tutto ciò a cui il Brasile moderno aspira². - La violenza nelle compagne. Secondo il rapporto della CPT, presentato il 15 aprile, sono stati 28 i morti del 2007 in 14 Stati del Paese. Dal 2005 sono stati uccisi 18 militanti del MST e 87 sono stati arrestati. In tutti gli Stati in cui il MST è presente ci sono militanti minacciati di morte. C¹è una pratica arcaica legata ai pistoleiros sotto la forma moderna dell¹agrobusiness. Le transnazionali utilizzano imprese di sicurezza che sono in parte legali perché agiscono con licenze rilasciate dalla polizia federale ma che usano i vecchi espedienti dei pistoleiros o assumono pistoleiros per attaccare i lavoratori. Questo è avvenuto nel caso della Syngenta, per esempio. - Il persistere dell¹impunità. A 12 anni dal massacro del Pará, che ha ucciso 19 lavoratori rurali e ha lasciato centinaia di feriti e 69 mutilati, restano liberi i 155 poliziotti partecipanti all¹operazione. Quest¹anno i lavoratori mutilati e le vedove degli agricoltori assassinati sono accampati dal 4 aprile di fronte alla sede del governo dello Stato. I lavoratori Senza Terra chiedono alla governatrice, Ana Júlia Carepa (PT), che vengano realizzate le diverse promesse fatte, come le cure mediche ai sopravvissuti feriti durante il massacro, che hanno ancora proiettili in corpo. Fino ad oggi queste cure non sono neppure cominciate. - La criminalizzazione dei movimenti sociali. Si assiste ad una demonizzazione dei movimenti sociali sulla stampa: le continue denunce di cui sono vittime i loro dirigenti e militanti puntano ad ostacolarne costantemente la democratica attività di denuncia e protesta. - Le privatizzazioni dei beni comuni e le grandi opere, come la trasposizione del Rio São Francisco. - I possibili accordi tra UE e America Latina. E¹ in corso un¹ offensiva da parte dell¹Unione Europea per la liberalizzazione dei mercati latinoamericani. Mentre appare scongiurato il pericolo dell¹ALCA, l¹Area di Libero Commercio dall¹Alaska alla Terra del Fuoco con cui gli Stati Uniti miravano ad annettere di fatto l¹America Latina, il governo brasiliano sembra intenzionato a riprendere l¹iniziativa per siglare lo stesso tipo di accordo con l¹Europa. Accordo che avrà gli stessi effetti perversi che avrebbe avuto l¹ALCA con gli americani. Per contrastare tale offensiva, si svolgerà a Lima, nel maggio del 2008, per la terza volta dal 2004, l¹incontro Enlazando Alternativas 3 (EA3), promosso da diversi movimenti sociali e organizzazioni non governative dell¹Europa e dell¹America Latina e dei Caraibi (ALC) e inteso come Vertice dei Popoli di entrambi i continenti. L¹incontro si svolgerà parallelamente al V Vertice dei capi di Stato e di governo di ALC e UE. La nostra associazione che da anni segue con interesse le vicende del Movimento senza terra e dei movimenti sociali brasiliani manifesta la sua preoccupazione per le scelte politiche presenti e future del suo governo COMITATO DI APPOGGIO AL MST DI ROMA ASSOCIAZIONE NAZIONALE AMIG@S MST-ITALIA
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