Brasilia 21 novembre - Incontro Lula - senza terra. Promesse di Lula sulla riforma agraria



21/11/2003 - Lula: Reforma agrária será feita com objetividade


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que o
governo pretende não só assentar famílias de sem-terra, mas organizá-los em
cooperativas, educar as instituições bancárias para que o crédito ao pequeno
agricultor seja bem utilizado, além de levar tecnologia para o campo.

"A reforma agrária vai ser feita com a objetividade necessária, mas dentro
de prioridades. O problema nosso não é apenas assentar. Experiência de
colocar miseráveis num canto a gente já teve. O trabalho é mais duro, é
organizar os trabalhadores em cooperativas, levar a tecnologia para o campo.
Construir combinação entre produção, industrialização e comercialização.
Temos que discutir nos assentamentos que tipo de casas vamos fazer. É
preciso construir um novo modelo de escola, um novo modelo de saúde. Não
quero repetir as mesmices que já foram feitas nesse país. Quero fazer
melhor, com mais tranqüilidade", destacou Lula.

Em discurso para trabalhadores sem terra, líderes do MST (Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra), da Contag (Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura) e da CPT (Comissão Pastoral da Terra), em
Brasília, o presidente ressaltou, também, a busca por um comércio exterior
igualitário e rechaçou a questão dos subsídios agrícolas dos países
desenvolvidos, em uma referência às negociações da Alca (Área de Livre
Comércio das Américas).

Campo e cidade

O governo Lula tem compromisso com a reforma agrária e com a produção tanto
no campo quanto na cidade. A afirmação foi feita, também na tarde desta
sexta-feira, pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto.

"No primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vamos
trabalhar e garantir acesso à terra a mais de 530 mil famílias, o que
significa 2,5 milhões de emprego e trabalho", anunciou, de acordo com
informações da Agência Estado.

Durante o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, realizado
no Parque da Cidade, em Brasília, Rossetto disse que a preocupação do
governo é garantir tranqüilidade aos trabalhares do campo. "Queremos a paz
no campo", disse. 

O ministro disse, ainda, que o objetivo do governo Lula é que todos os
trabalhadores sem terra sejam assentados e possam trabalhar. "Vamos ousar
muito neste primeiro mandato do presidente Lula. Esse é um momento
histórico. A reforma agrária é a volta do agricultor à raiz", ressaltou.

Ao lado do governo

O líder da coordenação nacional do MST, João Pedro Stédile, agradeceu ao
presidente e disse que a maneira mais barata de gerar emprego é investir na
agricultura familiar e na reforma agrária: "Muito obrigado, presidente, por
ter vindo aqui. A sua presença e seu gesto revelam o sentimento de
companheirismo."
 

Stédile disse, também, que o presidente da República está confirmando que
não se preocupa somente com números e matemática, mas demonstrando que
coloca em primeiro lugar a vida e os sentimentos. Stédile destacou que a
reforma agrária é urgente e necessária e se colocou ao lado do governo: "Não
tenho medo. Nós seremos soldados nessa batalha", disse ele.

Juízo

Ainda durante o discurso, o presidente voltou a afirmar que construirá "o
Brasil que sonho". Lula disse que pretende buscar ajuda de todos os
seguimentos da sociedade.

"Esse país inteiro junto, todos os seguimentos da sociedade, haverá de
construir o Brasil que eu sonho. Cada um de vocês tem alguns anos de tarimba
nas costas. Façam o que tem que fazer, mas façam com juízo, Se não quem
perde é a parte mais humilde", afirmou, ao encerrar seu discurso.