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Campagna contro la decisione del governo Lula di aprire, per un anno, alla soia transgenica
- Subject: Campagna contro la decisione del governo Lula di aprire, per un anno, alla soia transgenica
- From: Serena Romagnoli <md1042 at mclink.it>
- Date: Fri, 26 Sep 2003 10:13:02 +0200
Dopo la decisione del governo Lula di aprire, per un anno alla soia transgenica, c'è una richiesta da parte dei movimenti sociali brasiliani (e tra questi del MST) di mandare messaggi al governo brasiliano contro questa decisione. Il MST introduce questa richiesta diffondendo un articolo dello scrittore Luis Fernando Verissimo. Se anche voi come Luis Fernando Veríssimo, "siete antitransgenici da quando eravate piccoli" diffondete questa notizia e mandate il messaggio riportato in basso al governo brasiliano MST Informa Urgente Ano II - nº 7 quinta-feira, 25 de setembro de 2003 Dois lados *Luis Fernando Veríssimo Minha posição na questão dos transgênicos é um claro e firme "não sei". Já li e ouvi tantas opiniões convincentes, para um leigo, a favor e contra, que me consolo com a idéia de que, nesse assunto, todos são leigos. Um lado diz que ainda não se sabe o bastante sobre os efeitos de grãos geneticamente modificados na saúde das pessoas e do ambiente para liberá-lo, o outro diz que está cientificamente comprovado que transgênico não faz mal e se opor a ele é se opor ao progresso. Já que nós, os leigos sem argumentos, não sabemos que lado está mentindo ou tem razão, só nos resta escolher o lado mais simpático. E, no quesito simpatia, sou antitransgênico desde pequeninho. O argumento mais forte de um lado é o lucro, o dos produtores que gastam menos com insumos e herbicidas e ganham mais plantando o grão da discórdia, e o da empresa que tem o quase monopólio mundial de sementes modificadas e da nova técnica. O maior interesse do outro lado é o de prevenir os efeitos possivelmente daninhos do cultivo dos transgênicos no ambiente e do seu consumo nas pessoas. Como não planto soja e não sou acionista da Monsanto, mas sou membro da espécie humana, categoria assustada, é claro que torço por quem não quer nos ver mais envenenados do que já estamos. Um argumento respeitável dos pró-transgênicos seria o aumento da produção de grãos para um mundo que tem fome. Mas li que não só o aumento da produção não é tão significativo assim, como já se produz comida suficiente no mundo: a mal nutrição existe porque nadistribuição de alimentos também se defrontam o princípio do lucro máximo e o ideal, e o lucro máximo vence fácil. E essa deformação não muda com mais ou menos grão plantado. O governo Lula parecia ter escolhido seu lado na questão quando escolheu a Marina Silva como ministra do Meio Ambiente. Foi obrigado a mudar de lado pelo fato consumado de que grande parte dos produtores de soja do país já cultiva transgênicos, apesar da lei contra, e aplicar a lei agora traria o caos. Fato consumado, desobediência civil, desafio orquestrado a leis que consideram injustas... Os produtores rurais imitaram os métodos que condenaram no MST, mas com mais sucesso. Talvez porque falte ao MST um lobby como o da Monsanto. Não sei. * Luis Fernando Veríssimo publicado no Jornal Zero Hora em 25/09/2003 V. Exa. Sr. Vice-Presidente da República José Alencar Venho por meio desta solicitar a suspensão imediata do envio de Medida Provisória ao Congresso Nacional para nova liberação de transgênicos no Brasil até que este assunto, de extrema importância e gravidade, seja apropriadamente debatido com os opositores dessa idéia que necessitam, tal e qual os seus defensores, terem a oportunidade de exporem a V. Exa. e aos Sr(a)s Ministro(a)s seus argumentos, de forma igualitária -- critério que deve nortear todo governo minimamente democrático. Ressalto que em nenhum país há estudos que comprovem a segurança desses organismos geneticamente modificados para a saúde dos consumidores e para o ambiente, e que esta liberação atenta contra a soberania alimentar dos brasileiros e contra a economia do Brasil, que tem alcançado sucessivos superávits de sua pauta de exportação devido justamente ao fato de o País ser reconhecido nos mercados internacionais como livre de transgênicos. Reitero, ainda, que até a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) afirma, em documento pública e amplamente divulgado em 02 de setembro de 2003, que: ³A Embrapa está consciente de que praticamente inexistem pesquisas conclusivas sobre os riscos para a saúde dos consumidores que venham a ingerir alimentos geneticamente modificados, bem como de que não há ainda no País pesquisas conclusivas sobre os riscos decorrentes da liberação de OGMs no meio ambiente, o que deve ser estudado caso a caso². Faço questão de também expressar a minha confiança em que o governo não trairá os compromissos assumidos durante a sua vitoriosa campanha quando assumiu, em quatro momentos de seu Programa de Governo, o compromisso de adotar na análise do problema dos transgênicos o princípio científico da Precaução. Sem mais, (nome). Para: vpr at planalto.gov.br presidente at planalto.gov.br gabpr at planalto.gov.br <mailto:>
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