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Brasile: il nuovo sindaco di Porto Alegre vuole rinforzare il Bilancio partecipativo
- Subject: Brasile: il nuovo sindaco di Porto Alegre vuole rinforzare il Bilancio partecipativo
- From: "Nello Margiotta" <animarg at tin.it>
- Date: Sun, 7 Apr 2002 21:30:30 +0200
Novo prefeito de Porto Alegre pretende fortalecer OP Tarso Genro deixa o cargo para concorrer ao governo do Estado. João Verle assume anunciando o fortalecimento do Orçamento Participativo como instrumento político de gestão O economista João Verle, de 62 anos, assume nesta quinta-feira (dia 4) a prefeitura de Porto Alegre, no lugar de Tarso Genro, que renunciou à chefia do Executivo municipal para concorrer ao governo do Estado pelo PT. Eleito vice-prefeito, Verle assume a titularidade com o desafio de dar continuidade ao ciclo de administrações petistas em Porto Alegre. Na véspera da posse, o novo prefeito revelou uma de suas prioridades: fortalecer o Orçamento Participativo como instrumento político de gestão pública. Verle permanecerá na Prefeitura até dezembro de 2004. O novo prefeito da capital gaúcha é formado em Economia. Entre 1967 e 1969, fez mestrado nesta área na Universidade do Chile. Foi colega de aula de José Serra e aluno de Maria da Conceição Tavares. Presidiu o Sindicato dos Economistas do RS e o conselho regional da categoria. Verle tem uma larga experiência administrativa. Foi secretário municipal da Fazenda, de 1989 a 1992, elegeu-se vereador de Porto Alegre por duas vezes em 1992 e 1996, dirigiu o Departamento Municipal de Habitação (Demhab) de 1997 a 1998 e presidiu o Banrisul até candidatar-se a vice de Tarso Genro, nas últimas eleições municipais. Durante 30 anos, foi auditor de controle externo do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), em 1981 filiou-se ao PT. Pertence à corrente Democracia Socialista (DS), do vice-governador Miguel Rossetto - seu candidato ao mesmo cargo na chapa de Tarso Genro ao governo estadual. "Não sou prefeito da DS nem do PT, mas da cidade" Verle pretende dar prosseguimento aos projetos que vinham sendo desenvolvidos pelo prefeito Tarso Genro, com atenção especial a três áreas: participação popular, combate à exclusão social e investimento em tecnologia. Antes de assumir, enviou um recado aos vereadores: ele quer construir uma relação harmônica com o Legislativo buscando beneficiar a cidade. O novo prefeito garantiu que não pretende alterar muito a equipe e o secretariado de governo, pelo menos até as eleições de outubro. As primeiras mudanças já foram anunciadas. A vereadora Helena Bonumá (PT) assumirá a Secretaria do Governo Municipal. O suplente José Valdir sairá da Coordenação de Relações com a Comunidade para cumprir mandato na Câmara, na vaga de Helena. Muda também a liderança da bancada na Câmara de Vereadores. Sai Estilac Xavier, um dos coordenadores da campanha de Tarso, entra Marcelo Danéris, da Esquerda Democrática. Verle rejeitou as especulações de que as mudanças tirariam a pluralidade das forças internas do PT na administração. "Eu não sou prefeito da DS nem do PT, mas da cidade" enfatizou. Fortalecimento do Orçamento Participativo Em artigo publicado na edição desta quinta-feira do jornal Zero Hora, Verle defende o Orçamento Participativo como política de gestão pública e anuncia que pretende fortalecê-lo. O novo prefeito defende que a principal razão do sucesso do OP é a sua credibilidade, na medida em que o poder de decisão dos cidadãos é real. "A possibilidade de os cidadãos decidirem a aplicação dos recursos públicos é encarada como um direito, não como favor ou troca. Na execução do orçamento, cumpre-se a decisão da comunidade", escreve Verle. Ele sustenta sua defesa do OP com alguns números: "desde 1989 foram demandadas 3.956 obras, das quais 83% concluídas e 16% em andamento ou em execução. O total dos recursos definidos pela população soma R$ 1,5 bilhão, a maior parte destinada a áreas mais carentes da cidade. A partir do OP, outros fóruns de participação popular com caráter decisório foram criados. Na década de 90, se solidificaram os conselhos municipais e o Congresso da Cidade, espaços nos quais a população delibera diretrizes das políticas públicas a serem implementadas pelo governo. O 1º Congresso da Cidade ocorreu em 1993 e reuniu cerca de 1,5 mil pessoas. Em 1995, o 2º Congresso contou com 2,7 mil participantes. Entre 1999 e 2000, 7 mil cidadãos debateram as questões do município no 3º Congresso, realizado em maio de 2000. No segundo semestre deste ano iniciam-se os debates que culminarão no 4º Congresso, que será realizado em 2003 e discutirá a integração dessas instâncias de participação". Para Verle, espaços como o OP, os conselhos municipais e o Congresso da Cidade expressam "a autonomia da vontade popular, desmistificando o culto às autoridades". Ele anuncia que pretende aprofundar a participação nessas instâncias. Assim, defende, "poderemos avançar ainda mais na radicalização da democracia no município, o que é prioridade da quarta gestão da Administração Popular em Porto Alegre". A carta de Tarso aos vereadores Oficializada a renúncia, Tarso Genro irá se dedicar integralmente à campanha eleitoral. Ontem (dia 3), Tarso enviou carta à Câmara de Vereadores, comunicando sua renúncia, conforme estabelece a legislação eleitoral. Em um comunicado curto, Tarso declarou: "Sr. Presidente. Pelo presente, comunico a Vossa Excelência a minha renúncia ao cargo de chefe do Executivo municipal, para o qual fui eleito para a gestão 2001-2004, a partir das 12h do dia 4 de abril de 2002, com fundamento no Artigo 14, Parágrafo 6º, da Constituição Federal, considerando que a prévia estadual interna do Partido dos Trabalhadores (PT), ocorrida no último dia 17 de março, escolheu-me para concorrer no próximo pleito eleitoral como candidato a governador do Estado do Rio Grande do Sul. Saliento que se faz necessário este ato para atender ao dispositivo constitucional introduzido pela Emenda Constitucional nº 16/97, consubstanciado no Artigo 14, Parágrafo 6º, que prevê como uma das condições de elegibilidade a obrigatória renúncia ao mandato até seis meses antes do pleito eleitoral. Por conseguinte, compete a esse Poder Legislativo os procedimentos formais para a sucessão da chefia do Executivo, conforme dispõe o Artigo 57, Inciso I, combinado com o Artigo 91, ambos da Lei Orgânica Municipal. Aproveito o ensejo para renovar os agradecimentos pela relação institucional harmoniosa mantida com essa Casa Legislativa, remetendo cordiais saudações". Marco Aurélio Weissheimer Nello change the world before the world changes you because another world is possible www.peacelink.it/tematiche/latina/latina.htm www.tightrope.it/galleria/margiotta/salvatore.zip
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