[forumsociale-ponge] NOTIZIE DA BELEM



NOTIZIE DA BELEM E PORTO ALEGRE 2


Carissimi tutti,
vi inviamo alcune informazioni dal Forum Panamazonico e dal Forum Mondiale
di Porto Alegre e una prima indicazione per un dibattito a Milano dopo
Porto Alegre.


Sommario
1) dichiarazione finale del Forum Panamazonico (in portoghese)
2) Intervento di Giorgio Riolo al Forum Panamazonico




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FORUM PANAMAZONICO







DECLARAÇÃO FINAL










En Belém do Pará, cidade amiga de todos os povos, nos encontramos entre os
dias 16 e 19 de janeiro, no II Fórum Social Pan-Amazônico.


Viemos do Suriname, da Bolívia, da Venezuela, da Colômbia, do Peru, do
Equador, da Guiana Francesa e do Brasil. Chegamos por diversos caminhos:
rio, terra, vento. Viemos dizer que outra Amazônia é possível; mais do que
isso: anunciamos ao mundo que sua construção já começou.


Durante quatro dias estivemos reunidos. Mais de sete mil participantes
indígenas, negr@s, cafuz@s, mameluc@s, ribeirinh@s, da Amazônia urbana,
rural, sem teto, sem terra, sem nada, mas com muita esperança: o
combustível indispensável para transformar o mundo.

A Pan-Amazônia é uma constelação.Somos muitos, diferentes, mas
queremos estar juntos. Daí vem a nossa força.

O II Fórum Social Pan-Amazônico partiu de um consenso: Toda a América
Contra a Alca. Durante nosso encontro aprofundamos nossa compreensão de que
sem a soberania do povo em todos os níveis , inclusive a alimentação, não
existe uma verdadeira soberania nacional. Por isso ficamos do lado da
autodeterminação dos povos indígenas, dos direitos das comunidades
tradicionais, contra o Plano Colômbia e.contra a instalação de bases
militares estadunidenses em nosso território. Comemoramos as vitórias
democráticas no Brasil e Equador, nos solidarizamos com a Revolução
Bolivariana, repudiamos os intentos golpistas na Venezuela e afirmamos que
a Guiana deve se libertar do jugo colonial francês.

Condenamos a militarização do continente e a desestabilização externa dos
governos democráticos.Nos posicionamos favoravelmente a uma saída
democrática e negociada para o conflito colombiano

Entre os povos não devem existir fronteiras. Escutamos os relatos
dramáticos da migração considerada ilegal e exigimos prontas providências
para que se resgate a dignidade de milhares de cidadãos e cidadãs
pan-amazônicos.

Ouvimos as vozes da natureza: os rios, as florestas, nossos recursos
naturais são fonte de vida que não podem ser transformadas em mercadorias.
Pertencem aos povos; não podem ser privatizadas ou negociadas. Não somos
cegos, nem contra o desenvolvimento; somos contra o desenvolvimento cego,
que apenas busca o lucro, não enxerga nem leva em consideração os homens e
mulheres que constituem a maior riqueza da Amazônia. Discutimos propostas
alternativas, trocamos valiosas experiências e estamos certos de que
existem caminhos que permitem a comunhão de todos e todas com o meio
ambiente num mundo onde a prosperidade seja um bem comum.

Também conversamos sobre nós mesmos, nossas múltiplas identidades, ao mesmo
tempo singulares e plurais que fazem parte de um mosaico comum: a América,
o novo mundo, o continente da esperança que hoje vivencia importantes
experiências democráticas em variados níveis que vão do local ao nacional.
Estamos convencidos de que estas experiências devem ser ampliadas cada vez
mais, instituindo o direito dos cidadãos e cidadãs onde hoje impera a
barbárie dos monopólios.de todos os tipos.

A conquista da igualdade em todos os campos para todas as raças, etnias e
entre os gêneros é uma necessidade inadiável e está no centro de nossas
atenções. Reconhecemos que para ser alcançada é preciso combinar a luta por
direitos com o exercício permanente da equidade.

Em nosso Fórum estiveram presentes amigos e amigas do Caribe, do Canadá, da
Europa, do Oriente Médio. Compartilhamos sonhos, preocupações e vontades.
Temos muito em comum e entre tantas coisas se destaca o repúdio à guerra:
os tambores da morte devem ser silenciados; o anunciado ataque do Império
norte-americano contra o Iraque não deve acontecer. Estamos prontos a somar
esforços com as forças progressistas do mundo para deter esse crime hediondo.

O II Fórum Social Pan-Amazônico foi um momento construído pelo movimento
dos barcos, o sacudir das estradas, a força dos Encontros Preparatórios Sem
Fronteiras. É um bom caminho. Seguiremos em frente.



TODA AMÉRICA CONTRA A ALCA UMA OUTRA AMAZÔNIA É POSSÍVEL





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LA CULTURA DEL NEOLIBERISMO, LA CULTURA DEL MOVIMENTO: EGEMONIA E UNIVERSITÀ

Intervento di Giorgio Riolo al Forum Panamazonico di Belem

Dato il poco tempo a mia disposizione, ho dovuto comprimere molto il mio
discorso. Mi scuso se alcuni passaggi sono solo accennati e non approfonditi.



Premessa

Nel famoso articolo sul New York Times di qualche anno fa, Thomas Friedman
affermava esplicitamente la verità nascosta del potere e dell’egemonia
indiscussa americana su scala mondiale. La smithiana “mano invisibile” del
mercato non è niente senza il pugno visibile dello strapotere militare.
McDonald’s senza McDonnell-Douglas, senza gli F-15, non può affermarsi su
scala mondiale. Noi aggiungiamo che senza potenti apparati ideologici e
culturali, senza l’imperialismo culturale, senza MacWorld, la
globalizzazione neoliberista non avrebbe avuta la forza che tutti conosciamo.

Il neoliberismo non è solo dottrina economica e politica, è una filosofia
complessiva, totalizzante dell’intero storico-sociale. È una visione del
mondo. E la dimensione culturale è altrettanto importante delle altre
dimensioni, politiche, sociali, finanziarie, militari.




1. La Mont Pelerin Society




Quando, nel 1947, Von Hayek, Milton Fridman, Von Mises, Karl Popper e altri
si ritrovarono nella località svizzera di Mont Pelerin, fondandovi la Mont
Pelerin Society, non solo fondarono teoricamente il neoliberismo, come
dottrina della nuova società liberale che si imporrà con la signora
Thatcher e con Ronald Reagan, ma delinearono una filosofia sociale
complessiva, fondata sulla diseguaglianza e sulla competition, sulla
concorrenza, sull’individualismo competitivo, sull’individualismo
metodologico (Thatcher “La società è un ente che non esiste. Esistono gli
individui che agiscono e competono”). Dal loro punto di vista, confermavano
la profonda visione di Marx (e poi del marxismo critico, di Lukacs, Bloch,
Gramsci ecc.) secondo cui il modo di produzione capitalistico e la società
capitalistica non sono solo produzione di ricchezza, produzione di merci,
ma sono al contempo produzione e riproduzione di rapporti sociali,
produzione e riproduzione di modelli culturali, di modelli di individualità.




2. La filosofia del neoliberismo




La forza del neoliberismo deriva da ciò. Alla fine degli anni settanta, con
il postmodernismo e la proclamazione della fine delle ideologie, si
imponeva la più potente ideologia della storia millenaria dell’umanità, il
capitalismo come unico orizzonte della storia, come fine della storia. Si
imponeva il monoteismo del capitale al cui cospetto il terribile Jahvé
dell’Antico Testamento, il Moloch e il Leviatano, impallidiscono. Si
imponeva la cultura del frammento, la frammentazione dell’esperienza di
vita degli esseri umani, del senso, della narrazione. Del legame tra
passato, presente e futuro. Era l’eternizzazione del presente, la rottura
nel flusso della coscienza degli individui del legame tra passato, presente
e futuro. Cancellazione della coscienza storica, non solo della memoria
storica. Questa si presenta quindi come l’epoca più destoricizzata della
storia dell’umanità. Il passato è irrilevante, il futuro è solo
prolungamento del presente, essendo il capitalismo non transeunte ma
eterno, ultima parola della storia. È la naturalizzazione dei fenomeni
storico-sociali. La fotografia prevale sulla processualità. Infine
l’immagine trionfa sul senso e sulla condotta di vita degli esseri umani.
L’Estetica trionfa sull’Etica.




3. Omologazione, universalismo, identità




La tendenza secolare del modo di produzione capitalistico e della società
capitalistica, per sua intima costituzione tesa alla
globalizzazione-mondializzazione, è stata quella di creare, sviluppare,
acuire lo sviluppo ineguale, la dicotomia storica tra centro e periferia.
In ciò il capitalismo centrale occidentale ha creato un mondo a sua
immagine e somiglianza, ha teso a imporre ovunque modelli sociali e
culturali eurocentrici, distruggendo, annullando, umiliando culture e
civiltà della ricca produzione dello sviluppo umano su scala mondiale. A
questa omologazione-omogeneizzazione i gruppi umani investiti e colpiti o
si sono piegati o hanno resistito ricorrendo a risposte particolaristiche,
identitarie, etniche, religiose, culturalistiche, fondamentalistiche. Al
cattivissimo universalismo occidentalocentrico la risposta non poteva che
essere particolaristica.

Oggi la tendenza è contraddittoria. Nell’epoca della globalizzazione
neoliberista, oltre alla omologazione, al pensiero unico, unidimensionale,
contemporaneamente agisce una tendenza alla frammentazione, al politeismo
dei valori e degli stili di vita.




4. Un altro mondo, un’altra cultura è possibile:
universalismo-cosmopolitismo senza sradicamento




L’esperienza zapatista dal 1994, e ancor prima, l’emergere dell’indigenismo
come consapevolezza positiva del ruolo storico delle culture annichilite,
rese subalterne, hanno fatto emergere la potente spinta di una proposta
valida universalmente, nei centri e nelle periferie del mondo. Gli indigeni
Maya, gli indigeni in generale, riscoprono la propria cultura, la propria
cultura come positività e non come mero retaggio negativo da cancellare
anche nella coscienza dell’oppresso, del subalterno stesso. Riscoprire e
valorizzare le forme di vita indigene, nelle forme comunitarie di
produzione, nelle forme di relazione con la natura, con la terra, con il
vivente ecc., riscoprire e valorizzare la propria fonte identitaria viene
messo in gioco, viene lanciato come proposta alle altre culture del mondo,
agli altri gruppi umani come apertura universalistica, come proposta
universalistica. In modo inclusivo e non escludente. La propria identità
non come arma, come minaccia per gli altri popoli, per gli altri gruppi
umani.

Viene proposto un nuovo universalismo dell’unicità del genere umano, della
solidarietà umana, senza perdita di identità, di ricchezza culturale nei
rapporti sociali, umani, nei rapporti con la natura e l’ambiente. È un
nuovo cosmopolitismo non omologante, che non appiattisce, che non
impoverisce. Un nuovo cosmopolitismo ricco, senza “sradicamento”, che
salvaguarda la ricchezza delle diverse culture prodotte dallo sviluppo umano.

In ciò la tradizione democratica, egualitaria della civiltà occidentale si
può incontrare con questa tendenza proveniente dalle periferie del mondo.
Nel mentre la bufera europea, il “pericolo bianco” come diceva Frantz
Fanon, a partire dalla fine del XV secolo, si abbatteva nei vari continenti
e compiva orrori, nel cuore stesso dell’Europa si sviluppava il
giusnaturalismo, la filosofia del diritto naturale, la filosofia dei
diritti inalienabili dell’individuo, della dignità umana (da Grozio a
Rousseau). E i movimenti democratici occidentali, il movimento operaio, lo
stesso marxismo sono debitori di questo filone di pensiero.

Oggi l’accettazione della positività di ogni cultura ha come metro e misura
il rifiuto della negazione della dignità umana, della soppressione della
vita stessa. Insomma, riprendendo il grande filosofo marxista Ernst Bloch,
difesa sì della cultura indiana, dell’induismo, contro il colonialismo
inglese, ma al contempo rifiuto del rogo delle vedove. Difesa delle culture
arcaiche senza, per esempio infibulazione, senza oppressione. Ma i casi
sono tanti. Lo stesso Bloch, contro il concetto ingenuo e
occidentalocentrico di progresso ha parlato di “non-contemporaneità”
(Ungleichzeitigkeit) di classi sociali e di gruppi umani che insieme
possono comporre una “polifonia all’unisono”. Un filone di pensiero gravido
di sviluppi importanti e che qui accenniamo solo di sfuggita.




5. La proposta del movimento




Oggi con la crisi del neoliberismo, non solo come proposta di civiltà, ma
proprio sul terreno suo d’elezione l’economia, come razionalità economica,
con la guerra come politica corrente dei dominanti, della volontà di
dominio assoluto e incontrastato degli Usa, siamo al bivio tra civiltà e
barbarie, tra libertà, eguaglianza, solidarietà e barbarie. Nel passato, la
civiltà capitalistica, e la borghesia che ne era la classe-soggetto,
conteneva una promessa universalistica di sviluppo, di civiltà e di
estensione del benessere a tutti, anche come fine non voluto, come
conseguenza non apertamente voluta. Oggi è detto apertamente che molti, la
gran parte dell’umanità, devono stare fuori. La civiltà occidentale deve
difendere il suo livello di vita. La guerra diventa necessaria. L’arbitrio,
la volontà di potenza come misero esito della cultura occidentale.

Il movimento contro la globalizzazione neoliberista raccoglie la sfida
lanciata dai dominanti. Il neoliberismo è un attacco complessivo e
totalizzante all’intero storico-sociale e alle basi fondamentali della
vita, al pianeta come unità biosociale. Il neoliberismo ci costringe alla
totalità. A fermare e risolvere la frammentazione, la divisione, i
particolarismi. Ci costringe a superare gli specialismi. Ci costringe a
operare non come limitato ambientalista, come limitato difensore dei
lavoratori, delle donne, degli indigeni, dei contadini, dei diritti umani.
Ci costringe a lavorare e studiare, ad agire come onnilaterale soggetto
politico e sociale.

Il movimento contro la globalizzazione neoliberista, lo “spirito di Porto
Alegre” è un grande tentativo di valorizzazione e democratizzazione della
“funzione intellettuale”, in grado di superare gli specialismi e le
separatezze degli intellettuali di professione. È un grande tentativo di
valorizzazione e di democratizzazione della “funzione politica”, contro lo
specialismo e la separatezza dei politici di professione. Tutto ciò, per
esempio, era nell’agenda dei compiti del movimento operaio, socialista e
comunista, poi degenerato nella concezione del partito-soggetto, del
partito pedagogico, infallibile. È un tentativo, difficile, di rifondazione
della politica come bene comune. Con un alto tasso di elaborazione culturale.




6. Universitas: la nuova educazione-formazione del cittadino




Quanto l’educazione, la scuola, l’università siano fondamentali per la
riproduzione complessiva delle società umane lo testimonia l’intero corso
storico. Oggi esse sono sotto la pressione e l’azione della
liberalizzazione e la privatizzazione neoliberiste. I Gats del Wto
costituiscono una potente spinta in questa direzione.

Recentemente Silvio Berlusconi in Italia ha lanciato lo slogan delle “tre
i” come nuova frontiera dell’educazione. “Inglese, Internet, impresa”: le
parole chiave della formazione complessiva del cittadino reso povero di
cultura critica e quindi subalterno, manipolabile all’infinito. Il soggetto
conforme ai bisogni del profitto, delle transnazionali, del potere. Un
cittadino confinato nel suo piccolo sapere specialistico, ma che deprivato
dello studio della storia, della filosofia, della letteratura ecc.,
deprivato della grande tradizione della cultura umanistica non dispone
degli strumenti per operare quella “connessione generale dei saperi
particolari” senza la quale non può sorgere una concezione del mondo
critica, una strumentazione indispensabile per porsi problemi politici,
attivare protagonismo, attivismo sociale. La riforma della scuola, per
esempio in Italia, mira a ciò. Fino a oggi la scuola pubblica ha garantito
potenzialmente a tutti di studiare storia, filosofia, lettere ecc. Quello
che avverrà sarà una scuola che trasmette saperi specialistici minimi alla
massa, secondo i bisogni di cui sopra. Mentre una ristretta élite che,
disponendo delle risorse finanziarie adeguate, potrà studiare, anche
all’università, materie umanistiche. Gli Stati Uniti ci mostrano l’immagine
del nostro avvenire.

Occorre attivare la formazione permanente del nuovo cittadino attraverso le
libere università popolari. L’Università dei movimenti sociali, di Porto
Alegre. Un’attività autorganizzata per trasmettre saperi critici
specialistici e per formare una coscienza universalistica critica della
“connessione generale dei risultati dei saperi specialistici”. Questa
attività è urgente dal momento che la cultura critica del movimento ha una
grande potenzialità, la capacità di estendersi nel complesso della società.
Ha una grande propensione all’egemonia culturale. È, come dice Houtart, la
“fine del monopolio culturale secondo cui non esistono alternative
all’economia capitalistica globalizzata”, fine decretata dall’esistenza
stessa del Forum Sociale Mondiale di Porto Alegre.

Mobilitazione e cultura, sapere critico. Entrambe si reggono a vicenda.
Dobbiamo agire e contestare i poteri mondiali. Ma al contempo, per
affrontare i problemi mortali del pianeta, di cui la guerra è la sintesi
complessiva, l’espressione massima e compiuta, abbiamo bisogno del New
Thinking, del “nuovo pensiero” invocato a suo tempo dal grande Albert
Einstein.

E’ il compito in cui siamo impegnati e che ci riempie di speranza, per
uscire da un mondo in pericolo, dal mondo “senza cuore” del profitto, delle
transnazionali, della riduzione dell’umano e della ricchezza del vivente e
del pianeta a “cosa”. Riappropriamoci del mondo che ci appartiene, col
pensiero e con l’azione.



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